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Biden diz que está bem em 1ª aparição pública após desistir de reeleição
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 81 anos, voltou a Washington nesta terça-feira, 23, dois dias após desistir de participar da eleições presidenciais e apoiar Kamala Harris, de 59 anos, na disputa contra Donald Trump, de 78 anos. Essa foi a primeira aparição pública do democrata desde o anúncio.
Biden, que passou a semana em sua casa de praia em Wilmington, no estado de Delware, após testar positivo para covid-19, disse a jornalistas que estava se sentindo “bem”.
O presidente deve fazer um pronunciamento oficial direto do Salão Oval, na Casa Branca, na quarta-feira, 24. A expectativa é que ele fale sobre os rumos das eleições no país.
Também nesta terça-feira a vice-presidente Kamala Haris, de 59 anos, participou de seu primeiro comício após receber apoio de Biden para liderar a chapa democrata no pleito de 5 de novembro.
Mais cedo, a pesquisa Reuters/Ipsos revelou que Kamala Harris tem 44% das itenções de voto enquanto Trump tem 42%, uma diferença dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.
Desistência de Biden
Joe Biden não resistiu à pressão de seu partido para se retirar da disputa presidencial norte-americana e anunciou no domingo, 21, a sua desistência em prol de uma candidatura mais competitiva.
Os pedidos para que Biden desistisse aumentaram após o desempenho desastroso do presidente no primeiro debate contra o ex-presidente Donald Trump. Na ocasião, ele se mostrou hesitante, confuso e até com dificuldades para falar, o que levantou preocupação em relação ao seu estado de saúde.
A pesquisa Reuters/Ipsos, divulgada na última terça-feira, 16, mostrou Trump e Biden tecnicamente empatados. Trump tinha 43% das intenções de voto, enquanto Biden 41%. Eles estavam empatados dentro da margem de erro do levantamento, que é de 3 pontos percentuais.
O que pesou para a desistência foi dúvidas sobre sua capacidade de governar. Quase dois terços dos democratas queriam que ele desistisse da disputa, de acordo com uma pesquisa divulgada no dia 17 de julho pela Associated Press e pela NORC, uma instituição de pesquisa independente da Universidade de Chicago.