Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

MUNDO

Brasileira é vista ‘sem sinais de movimento’ a 500 metros penhasco abaixo, diz parque na Indonésia

Publicado em

Socorristas viram Juliana Marins com o auxílio de um drone Foto: Reprodução/btn_gn_rinjani/Instagram

O Parque Nacional do Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, informou que a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi avistada por volta das 6h30 (horário local) desta segunda-feira, 23. A niteroiense caiu da trilha ao cume no último sábado, 21. Segundo os socorristas, ela estava imóvel.

“Às 06h30, horário local (WITA), a vítima foi localizada com o uso de drone, presa em um penhasco rochoso a uma profundidade de aproximadamente 500 metros, visualmente sem sinais de movimento”, afirmou o parque nas redes sociais.

Dois agentes foram enviados para o local e avaliaram a possibilidade de instalar um segundo ponto de ancoragem a cerca de 350 metros de profundidade. No entanto, após observação, foram identificados dois grandes salientes (overhangs) que impedem a instalação do ponto de ancoragem.

Continua depois da publicidade

Ainda segundo o parque, a operação enfrenta “terreno extremamente difícil e condições climáticas instáveis”, com a presença de neblina densa, que limita a visibilidade e aumenta o risco. Por questões de segurança, a equipe de resgate foi levada para uma posição segura.

“Às 14h30 (horário local), foi realizada uma reunião de avaliação via Zoom com o Governador de Nusa Tenggara Ocidental (NTB). Em sua orientação, o Governador incentivou a aceleração do resgate com a opção de uso de helicóptero, considerando a ‘hora de ouro’ de 72 horas, período crítico para resgates na natureza”, afirmou a publicação.

O uso de um helicóptero é possível, dependendo da especificação da aeronave, que deve conter um guincho para levantamento aéreo, além de depender das condições climáticas, que mudam rapidamente e podem dificultar a operação.

“A equipe permanece em alerta e comprometida em continuar seus melhores esforços pela segurança e pela causa humanitária”.

Buscas pausadas

Mais cedo, a família de Juliana informou que o resgate foi interrompido nesta segunda-feira, 23, às 16h (horário local) por condições climáticas.

Continua depois da publicidade

“Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo, faltavam 350 metros para chegar à Juliana e eles recuaram. Mais uma vez! Mais um dia”, escreveu a família em uma publicação em um perfil voltado ao caso no Instagram.

“Nós precisamos de ajuda, nós precisamos que o resgate chegue até Juliana com urgência”, acrescentou.

Os familiares também relataram que não têm informações sobre o estado de saúde da brasileira e que ela segue sem água, comida e agasalhos há três dias.

“O parque segue com a sua atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha enquanto Juliana está precisando de socorro”, disse. “Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência”.

Juliana foi deixada sozinha antes do acidente

Juliana fazia a trilha com outras cinco pessoas e um guia, e foi deixada sozinha antes do acidente, segundo sua irmã, Mariana Marins, em entrevista à TV Globo no domingo, 22.

Mariana contou que, em contato com pessoas do parque onde a trilha foi feita, descobriu que sua irmã teria ficado muito cansada e pediu para que o grupo parasse um pouco para ela retomar o fôlego. Foi aí que o guia teria dito para ela ficar sentada e ele, junto com o restante do grupo, seguiu viagem.

A mulher, então, teria ficado sozinha nos momentos antes do acidente. Foi apenas depois de uma hora, conforme a irmã, que o guia voltou para procurar a brasileira por ela estar demorando – e viu que ela tinha caído.

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana fazia um mochilão pela região desde fevereiro deste ano. Na viagem, ela passou por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã.

 

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress