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MUNDO

Como foi o último dia do papa Francisco: reunião com vice de Trump e aparição pública

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O papa Francisco saudou os fiéis após a bênção da Missa de Páscoa na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, no domingo (20/04) Foto: EPA / BBC News Brasil

Morreu nesta segunda-feira (21/04), aos 88 anos, o papa Francisco, primeiro papa sul-americano e jesuíta da história da Igreja Católica.

No domingo (20/04), ele fez a última aparição pública na Praça de São Pedro, no Vaticano, para desejar “Feliz Páscoa” a milhares de fiéis.

Francisco saiu em uma cadeira de rodas e acenou da sacada da Basílica de São Pedro para a multidão que o aplaudia.

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Num microfone, ele disse: “Queridos irmãos e irmãs, Feliz Páscoa”.

Na sequência, o tradicional discurso de Páscoa do pontífice foi proferido por um membro do clero.

Após a bênção, o papa foi conduzido pela praça.

Ao passar pela multidão, a procissão parou várias vezes enquanto bebês eram trazidos para receber bençãos.

A aparição de Francisco no Domingo de Páscoa era muito aguardada.

Em março, ele recebeu alta do hospital após cinco semanas de tratamento para uma infecção que o levou a uma pneumonia severa.

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A bênção pascal do papa, que foi proferida por um membro do clero enquanto o pontífice estava sentado, com aparência frágil, dizia: “Não pode haver paz sem liberdade religiosa, liberdade de pensamento, liberdade de expressão e respeito pela opinião dos outros.”

“Que grande sede de morte, de matar, vemos nos muitos conflitos que assolam diferentes partes do mundo”, afirmou Francisco em seu último discurso.

O texto também lembra o povo de Gaza, em particular a população cristã da região, pois o conflito “causa morte e destruição” e cria uma “situação humanitária deplorável”.

“Expresso minha proximidade com os sofrimentos de todo o povo israelense e palestino”, dizia a mensagem.

“Peçam um cessar-fogo, libertem os reféns e venham em auxílio de um povo faminto que aspira a um futuro de paz.”

O papa também encorajou todas as partes envolvidas na guerra na Ucrânia a “prosseguirem seus esforços para alcançar uma paz justa e duradoura”.

Breves aparições nas celebrações de Páscoa
Antes das celebrações de domingo, o papa havia sido visto duas vezes na semana passada.

Dezenas de milhares de católicos se reuniram em Roma para a Missa de Páscoa durante este ano jubilar, data especial que acontece a cada 25 anos e atrai milhões de peregrinos à cidade.

O ano jubilar começou quando o papa abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro, que fica geralmente fechada, em 24 de dezembro de 2024.

Pela primeira vez desde que se tornou papa em 2013, ele perdeu a maioria dos eventos da Semana Santa, como a vigília de Páscoa de sábado (19/04) na Basílica de São Pedro, onde delegou suas funções aos cardeais.

No entanto, durante uma breve aparição dentro da basílica, ele rezou e distribuiu doces às crianças.

Quando recebeu alta do hospital em março, os médicos disseram que Francisco precisaria de pelo menos dois meses de repouso em sua residência.

O pontífice apresentou “dois episódios muito críticos” em que sua “vida esteve em perigo” enquanto estava internado, segundo um dos profissionais que o atenderam.

O médico Sergio Alfieri acrescentou que o papa nunca foi entubado e sempre permaneceu alerta e orientado durante a hospitalização.

Francisco sofreu uma série de problemas de saúde ao longo da vida, incluindo a remoção de parte de um dos pulmões aos 21 anos, o que o tornou mais propenso a infecções.

Reunião com vice-presidente dos EUA

Também na manhã de domingo (20/04), o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance — um católico que se converteu na idade adulta — teve um breve encontro privado com o papa.

Vance chegou a Roma na sexta-feira (18/04) e, no sábado, encontrou-se com o Secretário de Estado e o Secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais do Vaticano.

Durante “conversas cordiais”, as partes expressaram satisfação com as “boas relações bilaterais existentes” e um “compromisso comum” com a proteção da liberdade religiosa, afirmou o Vaticano em um comunicado.

“Houve uma troca de opiniões sobre a situação internacional, especialmente em relação aos países afetados por guerras, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção especial aos migrantes, refugiados e prisioneiros”, completa o texto.

Após o anúncio da morte do papa, J.D. Vance postou no X (o antigo Twitter) que “seu coração está com os milhões de cristãos de todo o mundo”.

“Fiquei feliz em vê-lo ontem, embora ele estivesse obviamente muito doente. Mas sempre me lembrarei dele pela homilia proferida nos primeiros dias da pandemia de covid-19. Foi realmente muito bonito”, concluiu o vice-presidente dos EUA.

 

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