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MUNDO

Crise na Rússia: Moscou entra em operação antiterrorista e reforça segurança após rebelião de mercenários

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O prefeito da capital da Rússia, Sergei Sobyanin, declarou regime de “operação antiterrorista em Moscou”, diante de rebelião. Em meio ao motim do Grupo Wagner, mercenários que tomaram a cidade de Rostov-on-Don e chegaram a Voronezh, Sobyanin enviou comunicado pelo aplicativo de mensagens Telegram, no qual anuncia o reforço da segurança em Moscou e pede que os moradores da capital fiquem em casa.

No mesmo comunicado, o prefeito ainda declarou a segunda-feira (26/6) dia não útil, com exceção de autoridades e empresas de ciclo contínuo, complexo militar-industrial e serviços urbanos.

Peço-lhe que se abstenha de viajar pela cidade o máximo possível. É possível bloquear o tráfego em determinados quarteirões e em determinadas estradas. Informe o 112 sobre emergências e incidentes em tempo hábil”, disse na mensagem.

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A agência estatal de notícias russa, a TASS, informou que as estradas que chegam a Rostov estão bloqueadas, e que mercenários de Prigozhin avançam em direção a Voronezh, localizada a 500 km de Moscou. Veja mapa da região:

Neste sábado, houve uma escalada da tensão interna na Rússia após Yevgeny Prigozhin, fundador e líder do Grupo Wagner, organização mercenária ligada ao Kremlin que vem atuando na Guerra na Ucrânia, lançar uma série de acusações contra os líderes militares russos. Prigozhin convocou uma rebelião armada contra o comando militar russo.

Ele anunciou a tomada de instalações militares em Rostov-on-Don, no sul do país, onde está localizado o quartel-general militar da ofensiva contra Kiev. A tentativa é de destituir a liderança militar.

Em meio ao conflito, diversos rumores de que o presidente russo, Vladimir Putin, Putin teria deixado Moscou foram espalhados. Essa informação foi negada pelo porta-voz do governo, Dmitri Peskov. As informações foram publicadas na agência de notícias Ria Novosti.

Motim

O presidente russo, Vladimir Putin, se pronunciou sobre a rebelião e prometeu “esmagar” o que chamou de motim armado. A reviravolta dramática, com muitos detalhes obscuros, parece ser a maior crise doméstica que Putin enfrenta desde que ordenou uma invasão em grande escala da Ucrânia — que ele classificou de “operação militar especial”.

Em discurso televisionado, Putin disse que “ambições excessivas e interesses escusos levaram à traição” e chamou o motim de uma “punhalada nas costas”.

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“É um golpe para a Rússia, para nosso povo. E nossas ações para defender a pátria contra essa ameaça serão duras”, disparou. “Todos aqueles que deliberadamente trilharam o caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada e que seguiram o caminho de chantagem e métodos terroristas sofrerão a punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo”, acrescentou Putin.

Situação “difícil” em cidade tomada por mercenários

O presidente russo admitiu que a situação é “difícil” na cidade de Rostov-on-Don, no sul do país, onde o grupo paramilitar Wagner alega controlar instalações militares, incluindo um campo de aviação.

“Serão tomadas medidas decisivas para estabilizar a situação em Rostov, que é difícil”, comentou Putin em uma mensagem à nação. Na declaração, o líder russo ainda afirmou que o funcionamento de “órgãos da administração civil e militar está de fato bloqueado” na cidade, onde fica o quartel-general militar da ofensiva contra a Ucrânia.

Prigozhin havia exigido que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior — que ele se comprometeu a destituir, por causa do que ele classifica como sua desastrosa liderança da guerra contra a Ucrânia —, fossem vê-lo em Rostov-on-Don, cidade perto da fronteira ucraniana que ele diz ter controlado.

A milícia Wagner de Prigozhin liderou a captura da cidade ucraniana de Bakhmut no mês passado e, há meses, Putin acusa abertamente Shoigu e Gerasimov de demonstrar incompetência, de negar munição e de apoiar o grupo Wagner.

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