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MUNDO

De van a Ferrari: os carros usados pelos papas Leão XIV, Francisco, Bento XVI e João Paulo II

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Leão XIV usou uma van em uma das primeiras saídas do Vaticano após ser eleito papa Foto: Reprodução/TikTok

O primeiro papa a possuir um automóvel foi Pio X, ocupante do trono de Pedro entre 1903 e 1914, mas ele nunca teria usado o Itala 20/30 HPV.

A popularidade do carro no Vaticano aconteceu em 1929 com Pio XI, que teve um Graham-Paige Type 837, com o qual fez viagens curtas. Ele utilizou também uma Mercedes-Benz Nürburg 460 Pullman Saloon.

Nas últimas cinco décadas, os veículos que serviram aos quatro papas desse período se dividiram entre modelos utilitários e luxuosos.

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Eleito em 8 de maio, Leão XIV passou a circular por Roma em uma Volkswagen Multivan preta. No banco do carona, demonstrando despojamento.

No mercado europeu, o modelo híbrido custa a partir de 48 mil euros, aproximadamente R$ 300 mil.

Ele terá disponível também o papamóvel branco construído pela Mercedes-Benz. Entregue em 2024, a versão mais moderna, a partir do modelo de luxo G 580, tem valor estimado em 500 mil euros, cerca de R$ 3 milhões. É elétrico e, obviamente, à prova de balas.

Famoso por recusar qualquer sinal de ostentação, Francisco se locomovia com motorista em carros populares da Fiat: 500L, 500X e Tipo.

Foi visto também em um Ford Focus e usando um Renault 4L presenteado por um padre. Na única visita ao Brasil, em julho de 2013, o papa jesuíta andou em um Fiat Idea. Quase sempre no banco da frente e com vidros abertos, para desesperado de sua equipe de segurança.

Em novembro de 2017, o pontífice argentino ganhou da Lamborghini um modelo exclusivo Huracán LP 580-2, personalizado com as cores do Vaticano: branco com faixas douradas.

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Ele benzeu e autografou o capô do veículo, e decidiu leiloá-lo. Arrecadou-se o equivalente na época a R$ 3,2 milhões. Segundo o Vaticano, o dinheiro foi doado para a reconstrução de comunidades cristãs no Oriente, apoio a mulheres vítimas de tráfico humano e crianças em situação de miséria na África.

Bento XVI se deslocava em alguns SUVs da frota da Santa Sé. Seu automóvel preferido era um Volvo XC90 V8, preto com interior creme, presente da montadora sueca. Na fase final, antes da renúncia, ele aderiu ao protocolo de sustentabilidade e passou a usar o elétrico Renault Kangoo Maxi Z.E.

Ao longo dos 25 anos de seu papado, João Paulo II teve vários carros. Um dos mais chamativos foi uma Mercedes-Benz 500 SEL com teto solar de 1985.

Circulou ainda com uma Mercedes Benz S 500 Landaulet 1997 com adaptação: a parte de trás era conversível para possibilitar que o líder dos católicos fosse visto pelo público.

O papa polonês viveu dois momentos icônicos com a marca Ferrari. Em 4 de junho de 1988, ele percorreu o Circuito de Fiorano, pertencente à família fundadora da montadora, a bordo de uma Ferrari Mondial Cabriolet preparada para a ocasião.

No início de 2005, a fabricante presenteou João Paulo II com a 400ª unidade da Ferrari Enzo, na inconfundível cor Rosso Scuderia e com detalhes personalizados. Após admirar a máquina por alguns dias, ele determinou a realização de um leilão, concluído após sua morte.

O valor arrecadado, 1,1 milhão de dólares (R$ 6,2 milhões no câmbio de hoje), serviu para auxiliar vítimas do tsunami que havia devastado parte do sudeste asiático em dezembro do ano anterior.

No Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, a cerca de 30 km de Roma, usado como residência de verão pelos papas, estão expostos antigos automóveis do Vaticano. Pode-se comprar ingresso para visitar a propriedade e ver de perto os veículos papais.

 

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