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MUNDO

Elon Musk paga 100 dólares a eleitores para que assinem petição contra ‘juízes ativistas’ em Wisconsin

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Elon Musk caminha no Capitólio, em Washington 05/12/2024 REUTERS/Benoit Tessier Foto: Reuters

Elon Musk voltou a gerar polêmica ao oferecer dinheiro a eleitores em troca de assinaturas em uma petição contra “juízes ativistas” em Wisconsin, nos Estados Unidos. A mesma prática já havia sido feita pelo bilionário durante a eleição presidencial de 2024 no país.

Segundo informações do jornal The New York Times, a tática teria como objetivo pagar eleitores como parte de um plano para identificar e atrair eleitores de tendência conservadora.

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O “America PAC”, um comitê de ações políticas fundado por Musk, busca canalizar a fortuna do empresário para ações republicanas. Nesta quinta-feira, 20, ele anunciou que iria oferecer U$ 100 (Cerca de R$ 565 na cotação atual) para eleitores registrados em Wisconsin que assinassem uma petição “em oposição a juízes ativistas”, ou indicasse outras pessoas para assinarem. Os gastos com o grupo chegam aos milhões de dólares, com o objetivo de eleger um candidato conservador para a Suprema Corte de Wisconsin no dia 1º de abril.

A petição diz: “Os juízes devem interpretar as leis como escritas, não reescrevê-las para se adequarem às suas agendas pessoais ou políticas. Ao assinar abaixo, estou rejeitando as ações de juízes ativistas que impõem suas próprias visões e exigindo um judiciário que respeite seu papel — interpretar, não legislar”, segundo o Times.

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Além de ter como objetivo eleger um juiz conservador, Musk também busca a atenção da mídia para conscientizar sobre o registro de eleitores que possam ajudar o “America Pac” a coletar dados sobre os moradores da região, principalmente aqueles que podem votar em Brad Schimel, o candidato conservador.

O empresário realizou uma manobra quase idêntica em estados-chave antes das eleições presidenciais em novembro de 2024. A situação gerou um grande debate jurídico e político nos Estados Unidos.

Ele chegou a ser processado por um promotor público da Filadélfia, que ordenou a interrupção dos pagamentos no estilo loteria, que chegaram a US$ 1 milhão para eleitores que assinaram um documento em apoio à Primeira Emenda. Um dia antes da eleição, um juiz da Pensilvânia recusou interromper o sorteio.

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Influência política de Musk

A recente movimentação do “America PAC” e a nova petição em Wisconsin destacam duas prioridades estratégicas de Elon Musk enquanto ele consolida sua influência na política dos Estados Unidos.

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O primeiro foco é a eleição para a Suprema Corte estadual de Wisconsin. Caso o juiz Schimel seja eleito, os conservadores poderão retomar o controle do tribunal, revertendo a vitória liberal de 2023 e impactando decisões sobre temas como redefinição dos distritos e direitos reprodutivos. Para isso, o super PAC de Musk e um grupo aliado sem fins lucrativos já investiram mais de US$ 11 milhões na campanha.

Paralelamente, a Tesla, montadora de veículos elétricos de Musk, entrou com um processo contra Wisconsin para contestar uma lei que proíbe fabricantes de possuírem concessionárias próprias. Apenas oito dias após a ação ser protocolada, Musk usou sua plataforma, o X, para incentivar votos no candidato republicano à Suprema Corte estadual, alegando que isso evitaria “fraude eleitoral”.

Além das disputas eleitorais, Musk tem demonstrado um crescente interesse em combater juízes que considera obstáculos à agenda do ex-presidente Donald Trump. Ele usa o X diariamente para criticar o sistema judiciário federal, e a nova petição do America PAC reflete esse posicionamento.

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