‘Eu salvei o TikTok’, diz Trump em primeiro vídeo no app após um ano

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou ao TikTok nesta segunda-feira, 6, após quase um ano sem publicações. No vídeo, ele afirmou ser o responsável por manter o aplicativo ativo no país e dirigiu uma mensagem direta aos usuários mais jovens. “A todos os jovens do TikTok: eu salvei o TikTok, então vocês me devem essa”, declarou. “Vocês estão olhando para mim no Salão Oval e, um dia, um de vocês vai estar sentado aqui nessa cadeira e vai estar fazendo um ótimo trabalho também.”

A fala ocorreu dez dias depois de Trump assinar uma ordem executiva que estabelece os termos de um acordo para transferir o controle das operações do TikTok nos Estados Unidos. A medida tem o objetivo de evitar a proibição do aplicativo, que vinha sendo apontado por autoridades americanas como um risco à segurança nacional.

Segundo o republicano, o acordo com a ByteDance, empresa chinesa que controla a plataforma, vai permitir que o TikTok continue funcionando no país de forma “segura”. O acordo prevê a criação de uma nova companhia norte-americana, responsável pela operação local do aplicativo, que deverá ter sede nos Estados Unidos e limite de até 20% de participação estrangeira.

A ByteDance é acusada por Washington de permitir que o governo chinês acesse dados de usuários americanos. Pequim e a empresa negam a acusação. As autoridades dos EUA alegam que o compartilhamento dessas informações poderia facilitar atividades de espionagem.

De acordo com o decreto assinado por Trump, a nova estrutura de controle precisa ser implementada até 16 de dezembro. O ex-presidente afirmou que o próprio presidente da China, Xi Jinping, foi informado sobre o acordo e aprovou a operação. “Falei com o presidente Xi. Tivemos uma boa conversa, contei a ele o que estávamos fazendo, e ele disse para prosseguirmos”, relatou.

O TikTok e a ByteDance não comentaram o novo arranjo até a última publicação desta reportagem..

Em Pequim, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o governo chinês “respeita a vontade das empresas e as incentiva a conduzir negociações comerciais com base nas regras de mercado”. O porta-voz Guo Jiakun acrescentou que a China espera que os Estados Unidos mantenham “um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório para empresas chinesas que investem no país”.