Durante coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, evitou confirmar o envio dos navios de guerra com 4 mil militares, mas sinalizou o interesse norte-americano de agir contra Maduro.
“O presidente Trump tem sido muito claro e consistente. Ele está preparado para usar todos os elementos do poder americano para impedir que as drogas cheguem ao nosso país, e trazer os responsáveis à Justiça. O regime Maduro não é o governo legítimo da Venezuela. É um cartel de narcoterrorismo”, declarou.
Medidas contra o narcotráfico
A senadora republicana dos EUA Ashley Moody também falou sobre o posicionamento das tropas navais na Venezuela e instituiu uma lei em prol do fim do narcotráfico. Moody celebrou a aprovação da Lei Halt Fentani, o que, segundo ela, ajudaria autoridades a coibir cartéis de drogas.
“Esta semana, vimos o presidente Trump mais uma vez tomar medidas ousadas ao enviar navios de guerra americanos para perto da Venezuela para coibir o tráfico de drogas letais na fonte. Os dias de os Estados Unidos fazerem vista grossa ao tráfico de drogas acabaram. Esta lei garante que agentes e promotores federais tenham as ferramentas para responsabilizar os traficantes, assim como fizemos aqui na Flórida.”
A senadora ainda complementou que está “salvando vidas, desmantelando cartéis e tornando as comunidades mais seguras”. Atualmente, uma série de grupos ligados ao tráfico de drogas foram classificados por Washington como organizações terroristas.
Reação do governo Maduro
Nessa segunda-feira (18/8), em meio aos rumores do envio de navios à costa venezuelana, Maduro anunciou a mobilização de mais de 4,5 milhões de milicianos no país, com o objetivo de “defender o território, a soberania e a paz da Venezuela”. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, pronunciou-se sobre o tema.
“A acusação de Washington de que a Venezuela está envolvida no narcotráfico revela sua falta de credibilidade e o fracasso de suas políticas na região.” “Enquanto Washington ameaça, a Venezuela avança firmemente em paz e soberania, demonstrando que a verdadeira eficácia contra o crime se alcança respeitando a independência dos povos”, acrescentou.
Os EUA são um dos principais alvos das declarações polêmicas do líder venezuelano, que acusa o país de ambições imperialistas. As ações dos EUA contra cartéis de drogas latino-americanos foi rejeitada por Maduro, que considerou “ameaças bizarras e absurdas” de “supremacia imperialista”.