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EUA não vão enviar soldados para lutar na guerra entre Israel e Hamas, diz Casa Branca
O governo dos Estados Unidos não tem a intenção de enviar soldados à Faixa de Gaza após os ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel, mas protegerá os interesses dos EUA na região, disse um porta-voz da Casa Branca nesta segunda-feira (9).
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que “sem dúvida há um grau de cumplicidade” do Irã no apoio ao Hamas, mas afirmou que o governo do presidente Joe Biden não viu evidências tangíveis de que o Irã estivesse diretamente envolvido na organização do atual ataque.
Kirby disse a jornalistas que a Casa Branca espera mais pedidos relacionados à segurança de Israel e tentará cumprir as demandas o mais rápido possível.
Ele também afirmou que “é muito cedo para dizer que pisamos no freio” nos esforços para normalizar relações entre a Arábia Saudita e Israel, mas que essa diplomacia ainda deveria ser encorajada.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou na noite desta segunda-feira (9) que Israel “está em guerra pela própria existência”. “Estamos no terceiro dia da guerra pela nossa própria existência, uma guerra que venceremos”, afirmou o premiê.
O balanço do número de mortos no conflito entre os terroristas do Hamas e Israel, nesta segunda-feira (9), subiu de 1.300 para 1.504 (800 israelenses e 704 palestinos).
Esses dados continuam a ser atualizados por autoridades dos dois países envolvidos, e os números devem aumentar.
Em uma mensagem de áudio, Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, braço militar do grupo terrorista Hamas, fez o que chamou de “ultimato” em relação ao contra-ataque israelense à Faixa de Gaza. Ele disse que reféns capturados nos últimos dias em Israel serão executados e que esses assassinatos serão transmitidos ao vivo.
“Qualquer alvo de civis inocentes sem aviso prévio será recebido com pesar para dizer adeus, executando um dos reféns sob nossa custódia. E seremos obrigados a transmitir essa execução. Lamentamos ainda essa decisão, mas responsabilizamos o inimigo sionista e sua liderança por isso”, disse Obeida, em um comunicado exibido na tarde desta segunda-feira pela emissora de TV Al Jazeera.