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MUNDO

Foguete Hanbit-Nano explode após lançamento em Alcântara; FAB confirma anomalia

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ALCÂNTARA, MA — O foguete sul-coreano Hanbit-Nano, da empresa Innospace, colidiu com o solo e explodiu pouco depois de decolar na noite desta segunda-feira (22) do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que a queda foi causada por uma “anomalia” no veículo, cuja causa ainda não é conhecida.

O lançamento, que marcava o primeiro voo orbital de um veículo espacial comercial no território brasileiro, ocorreu às 22h13 (horário de Brasília) — após dois adiamentos por problemas técnicos e um terceiro por condições meteorológicas. Inicialmente programado para as 15h45, o voo foi postergado porque havia risco de chuva durante o abastecimento de propelente, conforme informou a Innospace em nota.

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Na transmissão ao vivo, a população viu o foguete iniciar sua trajetória vertical conforme previsto, mas pouco depois foi exibida uma mensagem sobre a anomalia e a transmissão foi cortada. Imagens registram uma nuvem de fogo no momento da explosão. “Na ocasião, após a saída da plataforma, o veículo iniciou sua trajetória vertical conforme previsto. No entanto, houve uma anomalia no veículo que o fez colidir com o solo”, informou a FAB em comunicado.

Equipes da FAB e do Corpo de Bombeiros do CLA foram enviadas ao local da queda para analisar os destroços e a área de colisão. A Innospace não se manifestou até o momento, mas suas equipes técnicas já estão investigando o acidente. A FAB ressaltou que todas as ações de segurança, rastreio e coleta de dados foram cumpridas conforme planejado, garantindo um lançamento controlado dentro de parâmetros internacionais.

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O Hanbit-Nano é um foguete orbital de dois estágios, com 21,8 metros de comprimento, 1,4 metro de diâmetro e 20 toneladas de peso, projetado para lançar pequenos satélites em órbita baixa. Na missão, batizada de Spaceward, ele carregava cinco satélites e três dispositivos experimentais desenvolvidos por instituições e empresas do Brasil e da Índia.

A data de hoje era a última possível para o lançamento em 2025 — caso não tivesse ocorrido, o voo seria agendado para a próxima janela em 2026. Esta foi a terceira tentativa frustrada de lançamento do veículo: nas duas anteriores, houve problemas com o sistema de refrigeração de combustível e com uma válvula de ventilação. O caso também marca o retorno das tentativas de voos orbitais no Brasil desde 1999, quando o lançador nacional VLS-1 falhou, e revive a memória do acidente de 2003, em que uma explosão no solo do CLA vitimou 21 profissionais.

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