MUNDO
Funeral de brasileira morta pelo Hamas reúne multidão em Israel
Uma multidão formou uma fila de mais de dois quilômetros para participar do funeral de Bruna Valeanu, morta durante o ataque do grupo palestino Hamas a uma rave em Israel, no último sábado, 7. A população compareceu após pedido feito pela mãe e pela irmã, únicas familiares da jovem no Oriente Médio.
O funeral foi anunciado pela irmã da vítima, Florica Valeanu, em uma rede social, e aconteceu nesta terça-feira, 10, às 15h30 (horário de Brasília). Eylon Levy, um dos que compareceram ao funeral, compartilhou imagens do momento em seu perfil do X (antigo Twitter). De acordo com ele, é tradição em Israel, quando há poucas pessoas esperadas para um funeral, a população se unir e ir, se forem convocadas a comparecer.
“Os israelenses são incríveis em responder aos chamados para comparecer a funerais. Uma solidariedade social tão forte aqui nas circunstâncias mais sombrias”, escreveu.
Na postagem, o homem conta que precisou deixar o carro em que estava na estrada e seguir andando por causa da quantidade de pessoas.
“As pessoas abandonaram seus carros na rodovia e estão apenas caminhando para o funeral de uma estranha porque querem dar um abraço em sua família. Todos sob ameaça de foguetes [mísseis]. A humanidade pode ser desprezivelmente má, mas também pode ser maravilhosa”, relatou. “Todo o país está aqui”.
Brasileiros mortos em Israel
A morte de Bruna foi confirmada nesta terça-feira pela família e pelo Itamaraty. A jovem, que tinha 24 anos, estava desaparecida após o ataque do grupo Hamas em uma rave em que ela participava.
Natural do Rio de Janeiro, Bruna fez sua última comunicação com a família no sábado, por volta das 9h. Nesse último contato, ela disse que testemunhou tiros e mortes. Na segunda-feira, 9, a irmã dela, Nathalia Valeanu, afirmou que torcia para que a jovem tivesse sido sequestrada e mantida viva.
Além de Bruna, o brasileiro Ranani Glazer, de 23 anos, teve a morte confirmada por parentes na noite da segunda-feira, 9. Ele era natural do Rio Grande do Sul, mas morava em Israel há sete anos e serviu ao Exército israelense.