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Invertebrado mais pesado do mundo, lula-colossal é filmada pela primeira vez em águas profundas

Cientistas registraram pela primeira vez imagens de uma lula-colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni) viva em seu habitat natural nas profundezas do Oceano Antártico. A filmagem foi divulgada nesta terça-feira, 15, pelo Instituto Oceânico Schmidt e mostra o animal flutuando nas águas escuras, emitindo uma luz artificial.
A lula, considerada o invertebrado mais pesado do mundo, é uma criatura considerada rara pelos especialistas.
O exemplar registrado era uma lula-colossal juvenil, com cerca de 30 centímetros de comprimento, oito braços alaranjados e dois tentáculos longos. Mesmo jovem, a espécie pode atingir até 7 metros de comprimento e pesar cerca de 500 quilos.
Diferente da lula-gigante, que habita várias partes do oceano, as lulas-colossais vivem exclusivamente nas águas geladas da Antártica.
A gravação foi feita em março próximo às Ilhas Sandwich do Sul, entre a Antártica e a extremidade sul da América do Sul, informou o Instituto..
A expedição responsável pelo registro faz parte do Censo Oceânico, um projeto internacional que reúne centenas de cientistas para documentar espécies marinhas pouco conhecidas.
“É emocionante ver a primeira filmagem in situ de um colossal juvenil e é humilhante pensar que eles não fazem ideia da existência de humanos”, disse em comunicado à imprensa Kat Bolstad, da Universidade de Tecnologia de Auckland, uma das especialistas científicas independentes consultadas pela equipe para verificar as imagens. “Por 100 anos, nós os encontramos principalmente como presas em estômagos de baleias e aves marinhas e como predadores de peixes-marinhos capturados”, continou.
A Mesonychoteuthis hamiltoni foi descrita pela primeira vez em 1925 a partir de restos encontrados no estômago de um cachalote.
