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MUNDO

‘Isso não é a Ucrânia, é o bairro em que eu morava’, diz ex-morador à CPI da Braskem

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem realiza nesta terça-feira, 5, sua primeira sessão com convidados externos para discutir o desastre ambiental em Maceió. No início das oitivas, José Geraldo Marques, um morador da região impactado pela mineração, doutor e ativista em ecologia, falou sobre a situação na área afetada.

Ele começou sua participação exibindo uma imagem impactante que ilustra o estado do bairro onde vivia em Maceió após o desastre ambiental, que forçou famílias a deixarem a região. Enquanto a imagem era exibida, José enfatizou: “Isso não é a Ucrânia, é o bairro onde eu morava”.

Além de Marques, participam da primeira sessão os professores da Universidade Federal de Alagoas Abel Marques e Natallya Levino. Os três foram convocados pelo relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE).

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A comissão investiga a responsabilidade da empresa petroquímica Braskem no afundamento do solo em Maceió. Conforme o requerimento que originou a CPI, o prazo de funcionamento do colegiado se estende até maio, e o grupo terá um limite de R$ 120 mil como orçamento para custear suas atividades.

Para quarta-feira, 6, estão agendados os depoimentos do servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) Thales Sampaio e do diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Sousa.

Na semana passada, a CPI aprovou a convocação do diretor-presidente da Braskem, Roberto Bischoff, e de outras sete pessoas para prestarem esclarecimentos perante a comissão. O depoimento de Bischoff foi solicitado pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) e ainda não possui data definida.

 

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