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MUNDO

Japão faz de tudo para abandonar tecnologia antiquíssima: o disquete

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Governo japonês declara guerra aos disquetes e outras formas de armazenamento ultrapassadas — Foto: Filipe Garrett/TechTudo

O governo japonês quer acabar com o disquete no país. O alvo é a própria esfera governamental, que ainda exige discos ultrapassados, como disquetes, CDs e MiniDiscs (MD), em cerca de 1,9 mil procedimentos, que englobam aplicativos de negócios e formulários oficiais.

A declaração foi feita pelo ministro de Assuntos Digitais do Japão, Taro Kono, durante entrevista coletiva realizada nesta semana. Ele repetiu as queixas no perfil que mantém no Twitter. O objetivo do gestor é migrar a comunicação com cidadãos e empresas para a internet.

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A transição para o ambiente online, porém, não deverá ser simples. Algumas disposições da legislação japonesa exigem que os dados sejam apresentados em fitas cassete ou em MiniDiscs, o que impede a substituição imediata por tecnologias recentes, como o armazenamento na nuvem.

Por conta disso, uma força-tarefa foi criada com o intuito de rever as diretrizes atuais. O grupo deve apresentar o plano de substituição das tecnologias até o final do ano. “Estaremos revisando essas práticas rapidamente”, disse Taro Kono na coletiva, segundo o portal Bloomberg.

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O político, que no ano passado ocupou o cargo de Ministro de Vacinas contra Covid-19 no Japão, é conhecido por sua jornada contra tecnologias obsoletas. Um dos exemplos mais notáveis foi sua tentativa de acabar com o hanko, tradicional carimbo japonês que ainda é necessário para assinar documentos oficiais, como contratos de casamento.

Outra batalha do gestor é pelo fim do fax, muito amado pelos japoneses até hoje. Em 2017, esses aparelhos ainda estavam presentes entre 40 e 50% das casas japonesas, segundo pesquisa realizada pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicações do país.

Disquetes, CDs e outros discos obsoletos são exigidos em cerca de 1.900 processos governamentais no Japão — Foto: Reprodução/Elvis Santana

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O apego ao passado pode parecer uma excentricidade para um país associado à tecnologia e ao futuro. Mas o Japão não está sozinho neste barco: foi só em 2019 que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos conseguiu acabar com o uso dos disquetes, originalmente desenvolvidos em 1967, pela IBM.

A versão mais popular do disco magnético, de 3,5 polegadas, consegue guardar apenas 1,44 MB. Para se ter uma ideia do quão pouco é isso, basta comparar com a capacidade de um pendrive de 16 GB, que equivale a 11.378 disquetes.

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Com informações de BloombergThe Mainichi e Ars Technica

No vídeo abaixo, veja funções pouco conhecidas de um pen drive

 

Funções pouco conhecidas de um pen drive

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