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MUNDO

Joesley Batista foi à Venezuela para convencer Maduro a renunciar

Publicado em

MICHAEL MELO/METRÓPOLES @michaelmelo

O coproprietário da JBS, gigante do setor de processamento de carnes, Joesley Batista, viajou a Caracas, na Venezuela, para tentar convencer o presidente Nicolás Maduro a renunciar ao cargo, segundo informações da agência de notícias Bloomberg, publicadas nesta quarta-feira (3/12).

A viagem ocorre em meio à tensão entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente venezuelano.

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Segundo a agência, Joesley viajou na semana passada na tentativa de persuadir Maduro a aceitar o pedido de Trump para deixar o comando do governo venezuelano de maneira pacífica. O empresário teria se encontrado com o líder venezuelano em 23 de novembro, dias antes de Trump ligar para Maduro e solicitar que ele renuncie ao cargo.

Segundo fontes anônimas, autoridades do governo dos EUA já sabiam do plano de Joesley de ir a Caracas e reforçar a mensagem de Trump, mas ressaltam que o bilionário viajou por conta própria, e não a pedido do governo.

A J&F S.A., holding da família Batista, afirmou em comunicado à agência que “Joesley Batista não é representante de nenhum governo”. Ao Metrópoles, a assessoria do grupo disse que não confirma a informação de que Joesley foi à Venezuela para falar com Maduro.

Conversa telefônica

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou, nessa quarta, que teve uma conversa telefônica com o presidente Trump, a qual classificou como um “passo importante” para o diálogo entre Caracas e Washington.

Anteriormente, o presidente dos Estados Unidos já havia revelado o contato com o herdeiro político de Hugo Chávez, que aconteceu em meio à recente crise que atinge a América Latina e o Caribe.

Interlocução

As relações comerciais entre Joesley Batista e a Venezuela o teriam credenciado a atuar como interlocutor entre Trump e Maduro. A JBS e o líder venezuelano negociaram, anos atrás, um contrato de US$ 2,1 bilhões para fornecer carne e frango àquele país em meio à escassez aguda de alimentos e à hiperinflação.

O acordo foi viabilizado pelo político socialista linha-dura Diosdado Cabello, hoje ministro do Interior.

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