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MUNDO

Mamífero marinho raro tem primeiro alerta de extinção em mais de 70 anos

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No último dia 7, a Comissão Baleeira Internacional (IWC) emitiu um alerta de extinção para as vaquitas, um mamífero marinho encontrado somente na região do Golfo da Califórnia, no México. A ideia é que o alerta contribua para que o animal não seja extinto.

As vaquitas são a menor espécie de cetáceo e o menor dos mamíferos marinhos atualmente, medindo entre 1,2 e 1,5 metros de comprimento. Estima-se que existam apenas dez exemplares vivos do animal em 2023, mas em 2017, esse número era trinta.

O rápido declínio da população de vaquitas é em decorrência principalmente das atividades de pesca que utilizam redes de emalhar, usadas principalmente na caça ilegal de peixes totoaba. Essas redes são usadas de forma plana e acabam por se emaranhar nos animais.

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Salvando as vaquitas

Medidas para salvar essa espécie já foram tomadas e algumas acabaram fracassando. Uma delas foi uma parceria feita entre o governo mexicano e o Fundação Leonardo DiCaprio. A iniciativa consistia em utilizar golfinhos treinados pela marinha para reuni-las e levá-las até um refúgio marinho protegido, onde iriam iniciar-se tentativas de reprodução. No entanto, com a morte de uma vaquita fêmea capturada, a ideia acabou sendo abandonada.

Outro plano implementado pela marinha mexicana e que não deu muito certo foi o estabelecimento da área de tolerância zero (ZTA). Essa região foi demarcada com 193 blocos de concreto com o intuito de impedir a utilização de redes de emalhar, causando a queda de 90% do seu uso na área, mas o transferindo para regiões limítrofes da ZTA.

Agora o alerta emitido pela IWC é a mais recente tentativa de salvar esses animais. A ideia, de acordo com comunicado da comissão, é “encorajar um reconhecimento mais amplo dos sinais de alerta de extinções iminentes e gerar apoio e encorajamento em todos os níveis para as ações necessárias agora para salvar a vaquita”.

Apesar do número de exemplares ter caído de 2017 para 2023. As dez vaquitas vistas atualmente são as mesmas observadas desde 2019 em San Felipe, no México. Todos os animais estão saudáveis e se alimentando bem e até mesmo um filhote foi avistado.

Há pelo menos uma nova vaquita bebê. Eles não pararam de se reproduzir. Se conseguirmos tirar essa pressão, a população pode se recuperar. Não podemos parar agora.

Lindsay Porter, cientistas da IWC, em resposta ao The Guardian

Além do alerta, a comissão pede a proibição de 100% da utilização das redes de emalhar ao mesmo tempo que pede alternativas para garantir a subsistência das comunidades pesqueiras. Se essas medidas forem tomadas, as vaquitas possuem chance de sobreviver.

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