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MUNDO

Mulher entra em coma após o parto e acorda sem lembrar que deu à luz: “Foi assustador”

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Pais americanos e bebês após mãe sair do coma Foto: Reprodução/ Revista People

O nascimento das trigêmeas Charlotte, Kendall e Collins, no dia 21 de agosto de 2024, era para ser um momento de alegria para Marisa Christie e sua família. No entanto, o parto planejado em The Woodlands, no Texas (EUA), teve uma complicação inesperada que quase custou a vida da mãe. Marisa entrou em coma induzido logo após o nascimento das bebês e, ao acordar seis dias depois, não tinha nenhuma memória de que havia dado à luz. “Foi assustador”, relembra a mãe.

Ao despertar, Marisa acreditava que ainda estava grávida. “Lembro de acordar e o Dylan [marido] me dizendo que as meninas estavam bem, que elas estavam aqui. Pensei que tinha sofrido um acidente de carro ou algo assim. Essa era a única explicação razoável para o porquê de eu não estar mais grávida. Por um tempo, pensei que estava sonhando”, contou à revista People.

A causa do coma foi um evento raro conhecido como embolia amniótica, em que parte do líquido amniótico entra na corrente sanguínea da mãe. Segundo a Cleveland Clinic, essa condição afeta apenas 1 em cada 40.000 partos e pode ser fatal. “Marisa chegou a segurar as trigêmeas no colo após o parto, mas logo depois começou a passar mal”, explicou a Dra. Amber Samuel, médica materno-fetal que acompanhou o caso. “Ela levantou os braços, fez um som estranho e, de repente, seus sinais vitais ficaram profundamente anormais. Ela não estava respirando e não tinha batimentos cardíacos. Foi nesse momento que identificamos como embolia amniótica, porque nada mais se parece com isso.”

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A equipe médica lutou por 45 minutos para reanimá-la, durante os quais Marisa teve várias paradas cardíacas. Ela precisou ser conectada a uma máquina para estabilizar seus sinais vitais e foi submetida a uma histerectomia para conter uma hemorragia grave. “Foi o momento mais assustador da minha vida”, confessou Dylan, o marido de Marisa. “Não sabíamos se havia dano cerebral, mas cada oração foi atendida conforme ela se recuperava aos poucos.”

Hoje, Marisa está em casa com as trigêmeas e o filho mais velho, de 4 anos. Apesar do trauma, ela segue agradecida por estar viva. “Eu era ignorante sobre os riscos antes. Agora, não passa um dia sem que eu pense no meu tempo no hospital ou na embolia amniótica. Alguns dias são difíceis, mas estou bem”, concluiu.

Segundo a DW, foi levantado em 2019 que a cada ano, 700 mulheres morrem nos EUA durante a gravidez, parto ou nos meses seguintes. Nenhuma outra nação industrial possui uma taxa de mortalidade materna tão alta.

 

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