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MUNDO

Novo aeroporto que recebeu investimento bilionário opera somente um voo por semana

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Aeroporto no Paquistão teve investimento bilionário, mas recebe apenas um voo por semana Foto: Reprodução/X @XHNews

Inaugurado em janeiro de 2025 como o maior aeroporto em área do total do Paquistão, o Novo Aeroporto Internacional de Gwadar (NGIA) ainda movimenta pouco.  A pista de 3.658 metros, capaz de receber aeronaves como o Airbus A380 e o Boeing 747-8; no entanto, opera somente um voo por semana.

As obras, finalizadas em outubro de 2024, no Baluquistão, tiveram financiamento majoritário da China, no valor de US$ 246 milhões — ou cerca de R$ 1,3 bilhão.

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Gerido pela Autoridade de Aviação Civil do Paquistão (PCAA), com propriedade compartilhada entre Paquistão, Omã e China, o terminal foi projetado para operar voos domésticos e internacionais, com capacidade inicial para movimentar 30 mil toneladas de carga por ano.

O projeto foi iniciado em 2014 como parte do Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC), eixo da Iniciativa Cinturão e Rota chinesa. A construção ficou a cargo da China Communications Construction Company (CCC) e foi considerada prioridade estratégica por ambos os governos.

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Em 2023, a Assembleia Nacional do Paquistão aprovou a renomeação do aeroporto em homenagem a Feroz Khan Noon, ex-primeiro-ministro responsável pela incorporação de Gwadar ao território paquistanês por meio de um acordo com Omã.

O primeiro voo internacional saído do NGIA ocorreu em 10 de janeiro de 2025, com destino a Mascate, em Omã. Em agosto deste ano, o aeroporto contava apenas com uma rota regular de duas frequências semanais para Karachi, operada pela Pakistan International Airlines.

No portal FlightAware, que fornece informações de voos em tempo real, os painéis de partidas e chegadas do NGIA estão vazios e o mapa não mostra movimentação no espaço aéreo.

Apesar do investimento, a Associated Press (AP) relatou em fevereiro de 2025 que o aeroporto estava praticamente sem aviões nem passageiros, levantando dúvidas sobre sua real necessidade. Moradores afirmam que os benefícios não chegam à população local e que a infraestrutura atende mais a interesses estratégicos da China do que às demandas regionais. Isso porque a região de Gwadar é marcada por forte presença militar e conflitos entre o governo e insurgentes baluques.

De acordo com a AP, a China já colocou bilhões de dólares no litoral do Baluquistão, porque a região liga a província chinesa mais ocidental, Xinjiang, ao Mar Arábico e ao Golfo de Omã.

“Espera-se que a nova instalação transforme a conectividade e promova o crescimento econômico na região”, escreveu a agência de notícias estatal da China quando o aeroporto estava próximo da entrega. A inauguração chegou a ser adiada por questões de segurança e protestos.

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