Novos ataques de mísseis atingem Israel; tensões explodem

Novas ondas de ataques de mísseis iranianos contra Israel levaram a população a buscar refúgio em bunkers. O Exército israelense confirmou a detecção de novos mísseis vindos do Irã, disparando sirenes em todo o país e ordenando que civis procurassem abrigo em locais protegidos. Fortes explosões foram relatadas em Tel Aviv e Jerusalém, com imagens mostrando colunas de fumaça após impactos. Apesar do alerta inicial, as autoridades liberaram a população dos bunkers após cerca de 30 minutos, recomendando que permaneçam próximas a abrigos.

O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, classificou os ataques como ultrapassagem de “linhas vermelhas”, prometendo retaliação severa. O Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã (IRGC) alegou ter atingido alvos militares israelenses, incluindo instalações de produção de mísseis. O Irã afirmou ter atingido com sucesso alvos estratégicos, enquanto hospitais israelenses relataram ao menos 40 feridos.

Os ataques iranianos são uma retaliação à ofensiva israelense contra instalações militares iranianas na quinta-feira. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel de iniciar uma guerra e prometeu uma resposta contundente, garantindo que o país não sairá impune.

A decisão de Israel de atacar o Irã nesse momento, segundo analistas, baseia-se na percepção de que o regime iraniano está em sua posição mais vulnerável. Fatores internos e externos contribuíram para essa avaliação, incluindo a fragilidade de aliados iranianos na região (Hezbollah, grupos na Síria, Hamas e Jihad Islâmica) e o enfraquecimento de sua liderança militar após assassinatos seletivos de importantes comandantes. A crise interna no Irã também contribui para essa vulnerabilidade. Israel, portanto, visou deter o programa nuclear iraniano antes de eventuais negociações com os EUA pudessem resultar em um acordo que permitisse a continuação do programa nuclear iraniano.