Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

MUNDO

O que ainda falta ser respondido sobre a morte de Juliana Marins após perícia no Brasil?

Publicado em

A nova autópsia feita por peritos do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu vítima de politrauma decorrente de queda de grande altura durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O documento, obtido pela TV Globo, foi elaborado após a realização de nova necropsia no Brasil.

Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra

Continua depois da publicidade

Veja o que se sabe e o que falta saber sobre a morte da brasileira após o novo exame pericial:

Quando a brasileira morreu?

Continua depois da publicidade

A nova autópsia realizada por legistas do Rio de Janeiro no corpo da jovem concluiu que não foi possível determinar a data da morte devido às condições do corpo quando chegou ao Brasil. Entretanto, o documento oficial reforça o apontado na primeira autópsia, realizada na Indonésia: a brasileira teria morrido entre 1h15 do dia 23 de junho e 1h15 do dia 24.

O acidente ocorreu na manhã do dia 21, mas o corpo só foi localizado na noite do dia 24, ou seja, Juliana teria sobrevivido entre dois e três dias após o acidente na trilha do Monte Rinjani.

Qual foi a causa da morte dela?

Continua depois da publicidade

O laudo concluiu que Juliana morreu em decorrência de uma queda de grande altura durante a trilha na Indonésia.

O documento aponta que a causa imediata da morte foi uma hemorragia interna provocada por lesões graves em órgãos vitais  –resultado de um impacto classificado como de alta intensidade.

Continua depois da publicidade

De acordo com o laudo, os ferimentos afetaram diversas partes do corpo, como crânio, tórax, pelve, abdômen, membros e coluna, sendo compatíveis com um único impacto violento. Os peritos estimam que ela tenha sobrevivido entre 10 e 15 minutos após a queda, sem condições de se locomover ou reagir.

Juliana sofreu antes de morrer?

O laudo diz que a jovem brasileira passou pelo chamado estado “agonal” –um período de sofrimento físico e psicológico antes de morrer.

Continua depois da publicidade

O “estado agonal” se refere aos sintomas dos momentos finais que antecedem a morte, caracterizados por alterações fisiológicas e sinais clínicos específicos –como alteração da frequência cardíaca e respiração. Sob grande estresse, o corpo se aproxima da parada dos sistemas vitais.

Resgate tardio contribuiu para o óbito?

O laudo pericial não pôde determinar se o tempo prolongado de resgate contribuiu para o óbito, devido à insuficiência de dados sobre a dinâmica do acidente. Os peritos responsáveis pelo laudo destacaram a necessidade de esclarecer quantos eventos traumáticos ocorreram após a queda para uma conclusão definitiva.

O laudo aponta possibilidade de agressão e violência sexual?

Continua depois da publicidade

Não foram identificados sinais de agressão, resistência física ou contenção anteriores à queda. As escoriações presentes no corpo foram consistentes com movimentação pós-impacto, compatíveis com as características do terreno acidentado da região.

O exame cadavérico também não revelou indícios de violência sexual. A pesquisa de espermatozoides apresentou resultado negativo, embora análises genéticas complementares ainda estejam em processo de realização.

O corpo tinha sinais de desnutrição?

A perícia não identificou indícios de desnutrição, fadiga extrema ou consumo de substâncias ilícitas. A única substância detectada nos exames periciais foi o antidepressivo venlafaxina.

Foi possível determinar a dinâmica da queda?

A perícia brasileira não teve acesso ao local exato onde o corpo foi encontrado, o que limitou a reconstituição da dinâmica da queda.

As perícias brasileira e indonésia apresentaram conclusões divergentes?
Não. Ambos os laudos concordam que a causa da morte foi politrauma decorrente de queda de grande altura, com lesões internas graves e hemorragia. Os resultados são consistentes entre si e sustentam a hipótese de um impacto de alta energia.

Adicionalmente, o novo exame realizado no Brasil confirma a estimativa temporal do óbito estabelecida pelas autoridades indonésias –aproximadamente 20 minutos após o acidente. Contudo, permanece indeterminado o momento exato em que a queda ocorreu, devido às limitações das evidências disponíveis.

 

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement