Logo no início do seu pontificado, em 2013, o papa Francisco resolveu se precaver e deixar uma carta de renúncia assinada por ele para que fosse usada “em caso de impedimento por razões médicas”. A informação foi revelada pelo próprio Francisco em uma entrevista ao jornal espanhol ABC em 2022.
Na ocasião, o papa contou que quem recebeu o documento foi o então secretário de Estado e cardeal Tarcísio Bertone. Atualmente, o pontífice está internado há uma semana em Roma com uma pneumonia bilateral.
“Assinei a renúncia e lhe disse: ‘Em caso de impedimento médico ou o que quer que seja, aqui está a minha renúncia”. O senhor a tem’. Não sei a quem Bertone deu, mas eu dei a ele quando ele era secretário de Estado”, contou Francisco.
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Os jornalistas que entrevistavam o papa então questionaram: “O senhor quer que isto seja conhecido?”. “É por isso que estou lhes dizendo”, respondeu Francisco, lembrando que Paulo VI também deixou sua demissão por escrito no caso de um impedimento e que provavelmente Pio XII também o tenha feito.
O papa ainda brincou que, após a revelação, alguém poderia procurar por Bertone e dizer “Dê-me essa carta”. Francisco acredita que o documento esteja com o secretário de Estado atual do Vaticano.
Estado de saúde do papa
O papa Francisco está internado desde a última sexta-feira, 14, no Hospital Gemelli, em Roma, com uma bronquite que evoluiu para uma pneumonia. A atualização mais recente, feita pelo Vaticano nesta sexta-feira, 21, é de que o pontífice está melhorando.
“A noite transcorreu bem. Esta manhã o Papa Francisco se levantou e tomou o café da manhã”, diz a nota do Vaticano.
“O Papa tem alguns focos de pneumonia, continua respirando de forma autônoma e o coração segue forte”, complementa o comunicado.
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Fontes do Vaticano informaram à imprensa que Francisco continua exercendo algumas de suas atividades como papa, lendo e assinando documentos.
