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MUNDO

Pela 1ª vez, Papa não participa de Paixão do Senhor, mas critica ‘economia que descarta’ em mensagem

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Papa Francisco cumprimenta os cardeais ao aparecer inesperadamente ao final da missa do Domingo de Ramos na Praça de São Pedro, no Vaticano, no dia 13 de abril de 2025 Foto: REUTERS/Yara Nardi

Ainda recluso na maior parte do tempo após ficar internado por quase 40 dias devido a uma pneumonia, o Papa Francisco não participou da Paixão do Senhor na Basílica de São Pedro nesta sexta-feira, 18. Essa foi a primeira vez que ele esteve ausente do evento desde o início de seu pontificado.

O evento marca uma das datas mais importantes do calendário cristão, pois simboliza a crucificação e a morte de Jesus Cristo. Ele ocorre sempre na sexta-feira anterior à Páscoa, conhecida como Sexta-Feira Santa.

Esta é a primeira vez desde o início de seu pontificado, em 2013, que o Papa não conduzirá as celebrações da Semana Santa — o período mais sagrado do catolicismo. Quem conduziu a cerimônia foi o cardeal Claudio Gugerotti, prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais. No entanto, havia expectativa de que o pontífice fizesse pelo menos uma breve aparição.

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Entre os presentes ao evento desta sexta-feira estava o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, um católico que já havia entrado em conflito com o papa Francisco devido a divergências sobre as políticas de imigração do governo Trump.

Vance, que está visitando a Itália com a família durante o fim de semana da Páscoa, foi visto chegando ao evento acompanhado da esposa, Usha, e dos três filhos pequenos. Registros feitos pela Reuters mostram ele na celebração católica.

Em mensagem, Papa criticou ‘economia que mata’

Apesar de também não participar presencialmente das meditações da Via-Sacra desta Sexta-Feira Santa, realizadas no Coliseu de Roma, o Papa Francisco escreveu uma mensagem em que condenou uma economia que “descarta” e trata as pessoas com a “lógica fria” de números e algoritmos.

O pontífice de 88 anos disse ainda que Jesus está presente em todos aqueles que são “expostos a julgamentos e preconceitos”.

Ainda na mensagem compartilhada na cerimônia, que foi conduzida pelo vigário geral da Diocese de Roma, o cardeal Baldo Reina, o Papa afirmou que “é desumana a economia em que 99 valem mais do que um. E apesar disso, construímos um mundo que funciona assim: um mundo de cálculos e algoritmos, de lógicas frias e interesses implacáveis”.

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O líder da Igreja Católica escreveu também que “a economia de Deus, pelo contrário, não mata, nem descarta, nem esmaga. É humilde, fiel à terra”, destacando que “o caminho da cruz está marcado a fundo na terra”. “Os grandes afastam-se dele, gostariam de tocar o céu. Em vez disso, o céu está aqui, abaixado, encontramo-lo mesmo caindo, permanecendo no chão”, escreveu.

Na mensagem, o Papa ainda destacou que “este mundo despedaçado” precisa de “lágrimas sinceras” e que Jesus “continua, silenciosamente, diante de nós: em cada irmã e irmão expostos a julgamentos e preconceitos”. “Senhor Jesus, que pareceis dormir no mundo tempestuoso, levai-nos a todos para a paz do sábado”, acrescentou.

 

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