O Ministério das Relações Exteriores divulgou nesta sexta-feira (7/4) a derrubada das restrições da Rússia à carne bovina brasileira exportada do Pará. O embargo foi estabelecido no último mês após um caso atípico de “vaca louca”.
A doença, também conhecida como Encefalopatia Espongiforme Bovina, afeta o sistema nervoso dos bovinos e pode ser transmitida aos seres humanos por meio do consumo de carne contaminada.
“O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio hoje, 7 de abril, do fim das restrições à carne bovina brasileira impostas pela Rússia em razão do caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica no estado do Pará. Diferentemente da forma clássica da enfermidade – conhecida como “mal da vaca louca” –, a forma atípica é de ocorrência natural e espontânea no rebanho bovino, não representa risco à saúde pública e tampouco justifica restrições à importação, conforme diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, informou o Itamaraty.
Segundo o governo, em 2022, as exportações de carne bovina ao país russo resultaram em US$ 165 milhões. O montante é equivalente a 24 mil toneladas.
De acordo com o Itamaraty, embaixadas brasileiras e representações do Ministério da Agricultura e Pecuária em países considerados estratégicos estão atuando para evitar “fechamentos indevidos” de mercado.
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O anúncio da Rússia se soma à recente reabertura do mercado das Filipinas e da China, que também haviam suspendido a exportação de carne bovina do Brasil. Outros cinco países mantêm as restrições: Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã e Tailândia.