Os registros foram feitos a cerca de dois milhões de quilômetros de distância, usando o instrumento HyperScout H, o gerador de imagens hiperespectrais da sonda. Além de detalhes do planeta, foi possível capturar padrões atmosféricos, como formações de nuvens.
Marcel Popescu, da Universidade de Craiova, na Romênia, comentou sobre as capturas em comunicado divulgado pela ESA nesta quinta-feira (31). Em uma referência ao cientista Carl Sagan, Popescu afirmou que “todas as nossas vidas estão contidas nesses poucos pixels”.
Após decolar a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX, a partir da Estação da Força Espacial dos EUA, em Cabo Canaveral, na Flórida, a espaçonave segue rumo ao asteroide Didymos e sua “lua” Dimorphos.
NASA desviou órbita de asteroide em teste de defesa planetária
Esse sistema binário foi alvo da missão DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroides Duplos), que, em setembro de 2022, conseguiu desviar com sucesso a órbita de Dimorphos ao colidir contra ele como estratégia de defesa planetária.
Quando alcançar o par, o que está previsto para 2026, a sonda Hera observará as consequências do impacto da NASA.
Embora o sistema Didymos/Dimorphos não represente qualquer perigo à Terra, ele foi escolhido como alvo para testar uma técnica que pode vir a ser usada contra objetos realmente ameaçadores.
Com a sonda Hera, será possível obter detalhes inéditos do impacto, já que os registros anteriores foram obtidos apenas por telescópios distantes. Entre as funções da missão, está investigar a composição mineral de Dimorphos.
Esses dados serão fundamentais para aprimorar métodos de defesa espacial, ajudando a ESA e outras agências a desenvolverem estratégias para desviar potenciais ameaças cósmicas.