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MUNDO

Talibã solicita adesão ao Brics e busca participação em cúpula na Rússia

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O Talibã, grupo islâmico que governa o Afeganistão, manifestou interesse em se juntar ao Brics, bloco que reúne grandes economias emergentes. O porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, confirmou que o Talibã deseja participar da Cúpula de Chefes de Estado dos Brics, que acontecerá em Kazan, na Rússia, na próxima semana. O objetivo do grupo é discutir questões econômicas relacionadas ao Afeganistão junto às outras nações presentes.

A cúpula contará com a presença de líderes dos países membros, como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês Xi Jinping, além de representantes de outras nações convidadas. Um dos principais temas da reunião será a expansão do bloco, com vários países, incluindo Cuba, Belarus e Nicarágua, demonstrando interesse em se unir à organização. No entanto, o pedido do Talibã é especialmente polêmico, considerando o histórico de repressão às mulheres e violações de direitos humanos sob seu regime.

Desde que retomou o controle do Afeganistão em agosto de 2021, após a retirada das tropas dos Estados Unidos, o governo Talibã não foi oficialmente reconhecido por nenhum país, embora mantenha relações comerciais e diplomáticas com algumas nações, como China e Rússia. Em janeiro deste ano, a China deu um passo significativo ao aceitar as credenciais de um embaixador nomeado pelo Talibã, ainda que Pequim tenha insistido que isso não representava o reconhecimento formal do governo afegão.

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A Rússia, por sua vez, continua a operar sua embaixada em Cabul e já sinalizou que pode reconsiderar a classificação do Talibã como organização terrorista após a cúpula de Kazan. No entanto, o governo russo não confirmou se o grupo será oficialmente convidado para a reunião. De acordo com a agência de notícias russa TASS, o enviado especial da Rússia para o Afeganistão, Zamir Kabulov, explicou que qualquer convite para a cúpula dos Brics deve ser aprovado por consenso entre os membros, o que impede uma decisão unilateral por parte da Rússia. Até o momento, não houve consulta formal ao Brasil ou a outros países membros sobre um possível convite ao Talibã.

 

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