Terremoto de grande magnitude atinge a Rússia e dispara alertas de risco de tsunami pelo mundo

Um terremoto de grande magnitude atingiu a península de Kamchatka, na Rússia, na noite desta terça-feira, 29. Segundo o serviço geológico dos Estados Unidos, o terremoto marcou 8,8 pontos na escala Richter, perto das maiores marcas já registradas na história.

O governador de Kamchatka, Vladimir Solodov, disse que esse foi o terremoto mais forte da região em décadas. Cidades da região e a ilha de Sacalina estão evacuando civis.

As autoridades da região declararam que até o momento não há informações de feridos, mas uma escola de jardim de infância foi destruída.

Após o terremoto, regiões costeiras de Kamchatka foram atingidas por um tsunami de aproximadamente 4 metros de altura, causando danos a construções e provocando a necessidade de evacuações, segundo a Reuters.

O governador da ilha de Sacalina, Valery Limarenko, informou que um tsunami atingiu a região costeira de Severo-Kurilsk. O político afirmou que os moradores estão seguros e abrigados em áreas mais altas até que não haja mais o risco de grandes ondas.

O serviço geológico dos Estados Unidos registrou outros seis terremotos que atingiram a costa de Kamchatka hoje. Todos foram fortes, com leituras iniciais de magnitude 6,9, 6,3, 5,4, 5,7 e 5,6.

A região russa atingida é pouco povoada e faz parte da região do Círculo de Fogo do Pacífico, uma área do planeta com grande atividade sísmica e vulcânica, propensa ao surgimento de terremotos e tsunamis.

O terremoto foi o mais forte já registrado desde 2011, quando um abalo sísmico de 9,1 pontos atingiu o Japão, deixando mais de 20 mil mortos e causando o desastre nuclear de Fukushima.

Riscos de tsunami

Após o terremoto, alertas de risco de tsunamis foram emitidos ao redor do mundo. Ilhas do Havaí e do Alasca, nos Estados Unidos, e a região costeira do Japão podem ser atingidas por ondas de tsunami.

“Com base em parâmetros preliminares do terremoto, perigosas ondas de tsunami difusas são possíveis”, declarou o Pacific Tsunami Warning Center, serviço no Havaí [Estados Unidos] de monitoramento de tsunamis.

Por conta do risco de tsunamis no Japão, as autoridades do país emitiram um alerta de evacuação nas regiões que vão desde a ilha de Hokkaido, ao norte, até a prefeitura de Wakayama, a centenas de quilômetros ao sul.

A evacuação em território japonês foi reiterada pelo secretário-chefe de Gabinete Yoshimasa Hayashi: “Aqueles que estiverem perto da costa devem evacuar imediatamente para áreas mais altas ou prédios seguros nas áreas cobertas pelo alerta de tsunami. (…) Estejam cientes de que, após a onda inicial, a segunda e a terceira ondas de tsunami podem ser ainda maiores”.

O escritório de Administração de Emergências de Honolulu, capital do Havaí, nos Estados Unidos, também orientou a evacuação das regiões costeiras do arquipélago estadunidense.