MUNDO
Terremoto no Marrocos deixa ao menos 820 mortos
Um poderoso terremoto que atingiu a região de Ighil, na Cordilheira de Atlas, no Marrocos, deixou ao menos 820 mortos. De acordo com informações do governo marroquino, outras 670 ficaram feridas. Centenas de outras ficaram desabrigadas por conta da queda de edifícios em diversos vilarejos e cidades do entorno, embora o número preciso ainda não seja conhecido.
O abalo, de 6,8 graus de magnitude, atingiu o país na noite de sexta-feira, 8. O epicentro do tremor foi registrado perto da cidade de Marrakesh, a uma profundidade de 18,5km, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Segundo as autoridades, a maior parte das mortes aconteceu na região montanhosa, de difícil acesso para as equipes de resgate.
Mas os danos foram registrados também em Marrakesh, a maior cidade próxima ao epicentro do terremoto. Edifícios da Cidade Velha, um patrimônio da Unesco, desabaram. A população de cidades mais distantes, como Essaouira, a 200 quilômetros do abalo, e Rabat, a 350 quilômetros, deixaram suas casas e se reuniram nas ruas e em cafés com medo de um tremor maior.
Segundo especialistas, abalos como esse são raros no Marrocos. O terremoto desta sexta foi o maior em 120 anos, o que pode ter contribuído para a gravidade da situação. Muitas das casas das regiões montanhosas são construídas de pedra e não foram projetadas para suportar terremotos. Em 2004, outro abalo deixou ao menos 600 mortos.
Líderes mundiais já se manifestaram oferecendo condolências e ajuda financeira e humanitária. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que está pronto para fornecer “primeiros socorros”. O presidente da China, Xi Jinping, disse que o povo marroquino “será capaz de superar o impacto desse desastre e reconstruir sua terra natal o mais rápido possível”. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente da Turquia, Recep Erdogan, reunidos na Índia para a reunião do G20, também divulgaram mensagens de pesar.