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MUNDO

Três países e empresa disputam R$ 96 bilhões por navio afundado há 300 anos

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Um navio com tesouros de valor estimado de até R$ 96,8 bilhões muito provavelmente será recuperado do mar 300 anos após ter afundado durante uma batalha contra uma embarcação britânica. Apelidado de “Santo Graal dos naufrágios”, o lendário Galeão de San José será finalmente retirado do mar do Caribe — com, acredita-se, 200 toneladas de tesouros, que incluem ouro, prata e esmeraldas.

A localização do barco gigantesco — conhecido por ser a joia da Coroa espanhola durante a Guerra da Sucessão, antes de ser destruído, em 1708 — ainda é alvo de disputa, mas estudos mostram que ele afundou na costa de Cartagena, na Colômbia.

O presidente do país, Gustavo Petro, emitiu uma ordem para que o San José seja retirado do fundo do mar, com o objetivo de analisar as riquezas que ele contém. Petro afirma que trazê-lo à superfície é uma das prioridades de seu mandato, que termina em 2026.

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A Marinha da Colômbia enviou, em 2017, um veículo operado remotamente a uma profundidade de 3.100 pés (944,88 m) para avaliar os destroços e dar uma ideia do que estava a bordo. As imagens mostravam peças de ouro, canhões de bronze, espadas e xícaras de porcelana chinesa incrivelmente preservadas.

Segundo o tabloide Daily Star, agora a Bolívia, a Espanha e a Colômbia, além da empresa americana Sea Search Armada, disputam para ver quem fica com o tesouro do galeão.

Os espanhóis dizem que, como o navio pertencia à Coroa da Espanha, todo o tesouro deve voltar para eles.

Os colombianos alegam que, pelo fato de a embarcação estar no território deles, tudo pertence ao seu país, mas a companhia estadunidense começou a processar o governo, pois havia feito um acordo em que metade dos achados iria para eles, o que Petro não quer cumprir.

Em 1981, a empresa deu à Colômbia a localização do navio em troca de 50% do valor do tesouro, mas, em 2015, a Colômbia anunciou que havia encontrado os destroços em um local diferente e manteve o segredo. Por isso, não quer entregar nem uma moeda.

Os bolivianos — mais especificamente o povo qhara qhara — alegam que foram extremamente explorados pelos espanhóis para extrair minérios e, portanto, merecem todas as riquezas do navio.

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Mesmo com a disputa, o governo da Colômbia reiterou que pretende retirar os tesouros em breve, com uma parceria entre o governo e empresas do país.

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