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MUNDO

Trump não descarta guerra com a Venezuela e Rubio reafirma que bloqueio será aplicado

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Maduro usa boné com os dizeres: No War, Yes Peace. Foto: Reprodução/TeleSur / Estadão

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou em aberto a possibilidade de uma guerra com a Venezuela, enquanto Marco Rubio, seu secretário de Estado, assegurou nesta sexta-feira, 19, que “nada impedirá” Washington de aplicar no Caribe o bloqueio contra petroleiros sancionados.

Questionado em uma entrevista por telefone à emissora NBC News se descartava uma guerra, Trump respondeu: “Não descarto.” O republicano, entretanto, se recusou a dizer se tinha a intenção de derrubar o ditador venezuelano Nicolás Maduro. “Ele sabe exatamente o que eu quero”, afirmou Trump. “Ele sabe melhor que ninguém.”

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Ao responder perguntas em uma entrevista coletiva, o secretário de Estado Marco Rubio disse que não queria “especular”. O governo Trump aplica pressão máxima sobre Maduro e a cúpula de seu governo, e o acusa oficialmente, com apoio da Justiça americana, de liderar um cartel do narcotráfico, o suposto “Cartel de los Soles”.

Ataques no Caribe

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As forças americanas realizaram numerosos ataques contra embarcações de supostos traficantes no Caribe e no Pacífico Oriental desde setembro, com um saldo de mais de 100 mortos.

Mas a crise mais séria em décadas entre os Estados Unidos e a América Latina não dá sinais de que será resolvida em breve nem de forma abrupta, pelo menos não de forma voluntária por Washington, segundo as declarações de Rubio.

O apoio russo ao governo do ditador Nicolás Maduro não é uma preocupação, uma vez que Moscou está ocupada com a guerra na Ucrânia, acrescentou o secretário na entrevista coletiva concedida na sede do Departamento de Estado.

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Bloqueio a petroleiros

“Está claro que o status quo atual com o regime venezuelano é intolerável para os Estados Unidos”, disse Rubio.

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“Não há nada que vá impedir nossa capacidade de aplicar as leis americanas em termos de navios que foram sancionados”, ressaltou, ao ser questionado sobre o anúncio de Caracas de que sua Marinha escoltaria os petroleiros no Caribe.

Washington apreendeu um navio-tanque submetido a sanções e confiscou sua carga na semana passada. Pouco depois, Trump anunciou um “bloqueio” de “todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela”. Os navios escoltados pelas forças venezuelanas até o momento não estavam sob sanções, disse Rubio.

Rússia e China, o principal comprador do petróleo venezuelano, expressaram apoio a Maduro.

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O precedente de 1962

O último bloqueio naval no Caribe ocorreu em outubro de 1962, quando os Estados Unidos enviaram navios para impedir que a União Soviética transportasse mísseis para Cuba.

A crise militar e diplomática foi resolvida com negociações diretas entre Washington e Moscou. Recentemente, Trump conversou por telefone com Maduro, mas Rubio não revelou o conteúdo da conversa.

O republicano “mostrou que está disposto a conversar com qualquer pessoa”, disse, o que inclui o colombiano Gustavo Petro, que o secretário descreveu como um “presidente incomum”.

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Sobre a troca de críticas entre Petro e Trump, comentou: “Não vamos permitir que qualquer problema que exista com um indivíduo prejudique uma relação tão importante.”

“Conversamos com qualquer pessoa. Infelizmente, Petro é uma pessoa não muito estável em seus pronunciamentos”, criticou o secretário. Aqueles que não colaborarem com os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos não ficarão isentos de críticas, acrescentou.

“Isso não é uma questão de esquerda ou de direita, trata-se de ter alguém que coopere com os Estados Unidos”, ressaltou Rubio./Com informações da AFP.

 

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