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MUNDO

Vaquinha para alpinista que resgatou corpo de Juliana Marins é cancelada

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A vaquinha voltada para arrecadar fundos para o alpinista Agam, que se voluntariou no resgate do corpo de Juliana Marins, foi cancelada neste domingo, 29 Foto: Reprodução/Redes sociais

A vaquinha voltada para arrecadar fundos para o alpinista Agam, que se voluntariou no resgate do corpo de Juliana Marins, foi cancelada neste domingo, 29. De acordo com as organizações responsáveis pela iniciativa, vão fazer a devolução integral e automática das doações arrecadadas até o momento a partir desta segunda-feira.

“Decidimos pelo cancelamento imediato da campanha, com a devolução integral e automática das doações realizadas até aqui”, diz o comunicado oficial da “Voaa” e “Razões Para Acreditar”.

No comunicado, as instituições explicam que optaram pelo cancelamento após os envolvidos terem sofrido “ataques, ameaças, informações falsas e mensagens de ódio” por estabelecerem uma taxa de 20% imposta na vaquinha.

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“Reconhecemos com humildade que, neste momento, a discussão em torno da ‘Vaquinha do Agam’ desviou a atenção da essência da campanha e, principalmente, da história que desejávamos apoiar. […] Reconhecemos que a comunicação nesta história poderia ter sido mais clara”, dizem as organizações.

De acordo com eles, a taxa praticada pela Voaa é resultado de um modelo de operação único, “que vai muito além de simplesmente disponibilizar uma plataforma para arrecadação”.

“Diferente de outras soluções do mercado, assumimos integralmente a curadoria, verificação, produção de conteúdo, comunicação estratégica, gestão jurídica e financeira, além do acompanhamento completo até o desfecho de cada campanha. Essa estrutura é mantida por uma equipe especializada e dedicada, e envolve inúmeros custos fixos. Não se trata apenas de intermediar doações, mas de oferecer um serviço completo, seguro e transparente – que garante que cada história seja verdadeira, bem contada e que o valor arrecadado chegue com responsabilidade a quem realmente precisa”, argumentam.

Nos comentários, os internautas se mostraram revoltados com o desenrolar do caso, visto que o alpinista já tinha conhecimento da ajuda. “Era só cancelar os 20% de vocês. Agora vão deixar o Argam e a equipe que já sabiam tudo o que tinha sido arrecadado de mãos vazias? Esse vai ser o fim de vocês”, escreveu um perfil.

“Achei a atitude infantil, minimamente maldosa. O cara já estava na expectativa e vocês cancelam? Então vamos lá!!! Cancela TODAS as Vaquinhas vigentes. Vocês acham isso justo? Só porque foram questionados por pessoas que não entendem que NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS EM NENHUM LUGAR DO MUNDO? Por favor, vamos ser profissionais e MAIS ADULTOS? VAMOS?”, acusou mais uma.

“Cancelar só descredibiliza a página. Continue com o compromisso firmado com o agam, depois a gente resolve isso”, diz uma internauta.

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Caso Juliana Marins

Juliana Marins desapareceu no último sábado, 21, após se separar de um grupo que estava fazendo o trajeto da trilha e cair em um penhasco. Na segunda-feira, um drone registrou imagens da jovem imóvel a 500 metros do ponto da trilha.

A família da vítima chegou a se mobilizar nas redes sociais para pressionar as autoridades indonésias a enviarem um resgate mais rápido à Juliana. No entanto, levou cerca de quatro dias para que seu corpo fosse içado para o topo, que estava a 650 metros.

A morte da jovem foi confirmada pelas redes sociais pela família dela na manhã de terça-feira, 24. Mais cedo, um grupo de socorristas montou um acampamento próximo de onde ela estava.

 

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