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MUNDO

Venezuela lança exercícios militares em ilha no Caribe e acusa os EUA de preparar ofensiva

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Segundo fontes ouvidas pela AFP em 5 de setembro, o presidente norte-americano Donald Trump enviará dez caças F-35 a Porto Rico como parte de sua ofensiva contra cartéis de drogas, em meio à crescente tensão com a Venezuela pela presença militar dos EUA no Caribe. As aeronaves se juntarão aos navios de guerra já posicionados na região, enquanto Trump intensifica a pressão sobre Nicolás Maduro, acusado por Washington de liderar um cartel. Foto: AFP - OLIVER CONTRERAS / RFI

Em meio à tensão com os Estados Unidos, a Venezuela realiza exercícios militares de três dias na ilha de La Orchila, no Caribe. A operação “Caribe Soberano” é uma resposta ao envio de destróieres norte-americanos à região, usando como pretexto o combate ao tráfico de drogas. Caracas denuncia uma ameaça à soberania, acusa Washington de preparar uma ofensiva e mobilizou navios, caças, milícias e 25 mil soldados.

A ilha, localizada a cerca de 180 quilômetros da costa venezuelana, abriga uma base naval estratégica e está próxima do ponto onde um barco de pesca venezuelano foi interceptado por forças dos EUA no fim de semana.

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A manobra militar inclui o deslocamento de 12 embarcações, 22 aeronaves — entre elas caças — e 20 barcos da milícia naval especial, segundo o vice-almirante Irwin Raul Pucci. Imagens divulgadas pela televisão estatal mostram peças de artilharia e navios de guerra posicionados na região.

O presidente Nicolás Maduro afirmou que o país enfrenta uma “agressão militar em curso” e que está amparado pelo direito internacional para reagir. Ele ordenou o envio de 25 mil soldados às fronteiras e convocou a população a se alistar para “defender a pátria”.

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O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, declarou que a Venezuela precisa elevar sua capacidade operacional diante do “grande deslocamento de destróieres norte-americanos equipados com mísseis de cruzeiro”, que, segundo ele, representam uma ameaça não apenas ao país, mas a toda a América Latina.

A escalada ocorre em paralelo às acusações dos Estados Unidos contra Maduro, acusado de liderar um cartel de drogas. Washington oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por sua captura.

Em resposta, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmou que o país apreendeu mais de 60 toneladas de entorpecentes em 202, o maior volume desde 2010, e classificou as acusações como “difíceis de acreditar”.

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Cabello também questionou a versão norte-americana sobre a destruição de três embarcações supostamente carregadas com drogas. “Eles dizem que havia fentanyl vindo da Venezuela. Fentanyl? Daqui? É muito difícil de acreditar”, declarou em rede nacional.

A crise reacende o alerta sobre o risco de incidentes militares no Caribe e levanta preocupações entre países vizinhos. Especialistas apontam que, embora um conflito direto seja improvável, a retórica agressiva e a movimentação de tropas aumentam o risco de choques localizados, com consequências imprevisíveis para a estabilidade regional.

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