POLÍCIA
Acre registra aumento alarmante de queimadas em agosto
O Acre se aproxima do final de agosto com uma preocupação crescente em relação às queimadas, com o estado registrando um número alarmante de focos. Somente na última quinta-feira, dia 22, foram contabilizados 234 focos de calor, estabelecendo um novo recorde para 2024. Até o momento, o estado já acumula 1.143 registros de queimadas, e a expectativa é que o total se aproxime dos 1.388 focos registrados no mesmo período do ano passado.
Os dados, provenientes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), revelam que o Acre já contabiliza 1.883 focos de queimadas em 2024, um aumento significativo de 183% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse cenário alarmante é ainda mais preocupante com a aproximação de setembro, historicamente considerado o mês mais crítico para incêndios florestais na região.
A situação das queimadas não se limita ao Acre; este ano marca a maior quantidade de focos registrados no Brasil em 17 anos, uma crise exacerbada pela seca que afeta mais de mil cidades brasileiras. Na Amazônia Legal, agosto já contabiliza mais de 22 mil focos de incêndio, intensificando os riscos ambientais e os impactos na saúde pública.
A qualidade do ar no Acre tem sido severamente comprometida devido ao elevado número de queimadas. Relatórios recentes do projeto Acre Queimadas, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac), indicam que Rio Branco enfrentou mais de vinte dias em julho com qualidade do ar abaixo dos padrões saudáveis. O município de Manoel Urbano apresentou uma situação ainda mais crítica, com níveis de poluição que ultrapassaram em até seis vezes o limite recomendado.
Diante desse panorama preocupante, especialistas alertam para a necessidade urgente de medidas eficazes para combater as queimadas e proteger a saúde da população acreana.