POLÍCIA
Acusado pela morte de adolescente em ônibus confessa o crime e alega que estava sofrendo ameaças
O assassino do estudante Adriano Barros Cataiana, de 15 anos, que foi morto com um tiro na cabeça, no dia 12 de julho quando embarcou em um transporte coletivo para ir à escola, confessou que matou o estudante e disse que estava sendo ameaçado. Natanael Silva Oliveira de 28 anos, foi preso pelos agentes da Delagacia de Homicídios e Proteção á Pessoa (DHPP), no Ramal do Cacau, região da Rodovia AC-40, na zona rural de Rio Branco.
Durante o depoimento, Natanael contou em detalhes tudo sobre o dia do crime, que foi classificado pela Polícia Civil como homicídio qualificado por traição, emboscada ou mediante dissimulação, crimes considerados hediondos.
O acusado contou a polícia, que por volta das 10h30, foi até o bairro Jorge Lavocart, e parou em uma “boca de fumo”, para comprar entorpecentes, e depois foi para casa da sua irmã. Após sair da casa da parente, ele foi até próximo do ponto de ônibus e ficou aguardando a chegada do coletivo. O réu confesso ainda disse as autoridades policiais, que ele estava com a morte decretada pelo faccionados pelo fato das constantes brigas com a mãe da vítima (Adriano).
Na sequência, ele relatou que quando o ônibus chegou ao local, ele percebeu que o o filho da ex-companheira tinha entrado e, em seguida, também embarcou. Oliveira relatou que se posicionou em uma cadeira atrás da vítima, tirou a arma da bolsa e efetuou um disparo na cabeça do menor.
Após matar o adolescente, ele se direcionou até o motorista do ônibus e pediu que ele abrisse a porta, e fugiu por uma área de mata. O tatuador informou que ao ver a presença da polícia, resolveu se entregar com medo de morrer.
A motivação do crime, seria porque o acusado estava sendo ameaçado pela mãe do adolescente e pelo próprio Adriano (vítima).
Na prisão do suspeito, a polícia também apreendeu a arma de fogo que teria sido usada para matar o jovem. Ela é artesanal e segundo os agentes de polícia, comporta um único projétil.
Ainda segundo o processo, que corre na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, a Justiça solicitou à direção do Complexo Penitenciário da capital que o suspeito fosse colocado em uma cela separada por conta das ameaças que ele estaria sofrendo. O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) confirmou que o preso está sendo mantido em cela especial na unidade prisional e que está sendo providenciada a transferência dele para outro presídio do estado.