POLÍCIA
Advogada do PCC descobre que é investigada e pede liberdade preventiva
A advogada Vanila Gonçalves Hoterge, que foi condenada em 2017 em uma ação por organização criminosa por atuar para o Primeiro Comando da Capital (PCC), descobriu que estava sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e ingressou, na última quarta-feira (6/9), com um podido de habeas corpus ao presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador Ricardo Anafe.
Vanila cumpre pena em regime aberto e o pedido foi de “liberdade de locomoção”, para que ela não retorne ao regime fechado em decorrência da nova investigação.
A advogada foi condenada por compor o que ficou conhecido como “sintonia dos gravatas” do PCC, grupo de advogados que usava de suas prerrogativas legais por integrar a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para, segundo o Ministério Público, agir para beneficiar a organização paulista que monopoliza a venda de drogas no Estado em em diversas outras unidades federativas do Brasil.
Segundo a petição enviada ao presidente do TJSP, Vanila vinha acompanhando um processo de lavagem de dinheiro da Polícia Civil que foi relatado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), grupo do MPSP responsável por inquéritos do PCC, do qual ela era investigada.
O processo era pelo delito de lavagem de dinheiro, quando recursos financeiros obtidos de forma ilícita, como pelo tráfico de drogas, passam por uma operação que lhes deem, de forma fraudulenta, uma roupagem lícita.
Ainda de acordo com a petição, representantes da advogada tentaram ler o processo na seção de Presidente Prudente do MPSP, mas o pedido teria sido negado.
Na petição, a advogada afirma que atua para uma série de outros clientes, e que uma eventual privação de liberdade a traria prejuízos diversos.
O desembargador Anafe ainda não se posicionou sobre o pedido.