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POLÍCIA

Advogada é presa por injúria racial após xingar funcionários de bar

Publicado em

A advogada Lizani Conceição de Miranda, 43 anos, foi presa por suspeita de injúria racial contra três funcionários de um bar no bairro Cambuí, em Campinas (SP). Segundo o registro de ocorrência, ela proferiu ofensas como “macaca”, “preta encardida” e “favelada”. O caso aconteceu na noite de sábado, 31.

A mulher também foi detida por agredir um policial militar e resistir à prisão. De acordo com informações da defesa da advogada para a EPTV, afiliada da TV Globo, ela passou por uma audiência de custódia no domingo, 1º, foi colocada em liberdade e “permanece internada sob cuidados médicos”.

No boletim de ocorrência, consta que duas funcionárias foram xingadas e outro funcionário, além das ofensas racistas, ainda foi agredido fisicamente, segundo a EPTV. A confusão teria começado após a advogada quebrar, sem querer, um copo no bar. Com isso, os funcionários pediram para a mulher colocar o sapato por segurança, uma vez que ela estava descalça.

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“Ela ficou muito brava, irritada, tirou a documentação que ela era advogada, disse que ninguém ia tirar ela do bar. Ela olhou para mim e desferiu palavras ofensivas como ‘macaco’, ‘preto’, e me deu um empurrão. É difícil viver em um mundo desse. Uma pessoa que é estudada ofender outra pessoa”, disse um funcionário.

Após ser levada pela Polícia Militar para o 1° Distrito Policial de Campinas, ela foi autuada por injúria racial, lesão corporal e resistência. A Polícia Civil abriu um inquérito policial e investiga o crime.

O Terra NÓS entrou em contato com o 1° Distrito Policial de Campinas e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e aguarda retorno. A reportagem também tenta contato com a defesa da advogada. O espaço segue aberto para manifestações.

Exoneração

A seccional Campinas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu que Lizani será exonerada da Comissão de Direito de Trabalho, da qual ela é integrante titular. A decisão, segundo a EPTV, foi tomada no início da noite desta segunda-feira, 2.

A OAB Campinas, através das Comissões da Igualdade Racial, da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil, de Ética e Disciplina de Direitos e Prerrogativas, manifestou o seu repúdio aos atos atribuídos à advogada em comunicado à imprensa.

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“A OAB Campinas acompanhará o caso tanto na fase de inquérito pelas autoridades policiais, como no Poder Judiciário. Solicitamos a urgente e devida apuração dos eventos narrados pelas autoridades competentes. Contamos com a colaboração dos órgãos competentes para profícua e pedagógica sanção.”

Racismo é crime. Saiba como denunciar 

Racismo é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de racismo, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

 

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