POLÍCIA
Advogado João Neto precisa de atendimento médico ao ser transferido para presídio

O advogado João Neto se sentiu mal na tarde da última quinta-feira, 17, e precisou de atendimento médico antes de ser encaminhado para o sistema prisional de Alagoas, onde cumpre prisão preventiva por violência doméstica.
Segundo a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), João Neto, que é também um influenciador com mais de 2 milhões de seguidores, foi conduzido a uma Unidade de Pronto Atendimento e, depois, para o Hospital Geral do Estado (HGE) de Alagoas, em Maceió, onde realizou uma avaliação com um cardiologista. Na sexta-feira, 18, ele recebeu alta médica e pôde ser transferido para o presídio.
O advogado está sob custódia desde a última terça-feira, 15, quando foi preso em flagrante por violência doméstica. Posteriormente, a prisão foi convertida em preventiva. O caso se espalhou rapidamente à medida em que viralizava um vídeo em que a mulher que teria sido agredida aparece jorrando sangue, na porta do apartamento do influenciador.
Em seu depoimento, a mulher, de 25 anos, disse ter sido derrubada por João Neto com um empurrão, que a fez cair e bater o queixo no chão, provocando um corte profundo. Ela foi levada para o hospital onde foi submetida aos cuidados médicos.
Já a defesa de João Neto compartilhou um outro vídeo, em que mostra quando a mulher caiu. Os advogados justificam que o influenciador estaria tentando retirar a mulher do apartamento, depois de insistir para que ela saísse, quando ocorreu o incidente.
Quem é o advogado João Neto?
Com publicações de promoções de rifas, casas de apostas e histórias dos bastidores de sua vida enquanto supostamente exercia a função de policial militar, o advogado João Neto faz sucesso nas redes sociais. Ele é natural de Salvador, na Bahia, mas atualmente mora em Maceió (AL).
O advogado também se apresenta como ex-policial militar da Bahia e conta, em participações em podcasts, histórias de sua atuação enquanto agente. No entanto, o Terra procurou a Polícia Militar da Bahia, que informou que João Neto foi “desligado há 15 anos, enquanto realizava o curso de formação de soldados. Como foi excluído antes da conclusão do curso, ele em nenhum momento trabalhou na rua como policial militar formado.”
Em um desses relatos polêmicos, o advogado afirmou que costumava andar com um “kit flagrante” para incriminar “bandidos, não cidadãos de bem” durante abordagens. Mas, como não andou nas ruas como PM formado, a informação não é verdadeira.
Atualmente, João Neto atuava como advogado criminalista em Alagoas. Ele aparece posando em frente ao Poder Judiciário do Estado. Em seu perfil, o advogado adotava o slogan “no coco e no relógio”, expressão que remete a atirar na cabeça e no coração, caso seja necessário.
