POLÍCIA
Agente da PF tem R$ 596 furtados da carteira após morrer em UPA
A família de um agente administrativo da Polícia Federal (PF) registrou um boletim de ocorrência após o homem ter R$ 596 furtados de dentro da carteira dele na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião, na manhã desse sábado (2/12). Wilson Barbosa da Silva, 65 anos, deu entrada na unidade após sofrer um infarto fulminante, mas acabou morrendo no local.
Ao Metrópoles a esposa do agente contou que ele foi levado para a UPA pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal depois de passar mal no trabalho, na manhã de sábado. “Quando eu cheguei à unidade, a equipe já me informou que ele não havia resistido ao infarto e foi a óbito”, disse Edilene de Oliveira, 55 anos.
Segundo a mulher, uma enfermeira do local a chamou para entregar os pertences de Wilson que estavam guardados na UPA, momento em que ela tomou conhecimento do furto do dinheiro.
“Ela me pediu para conferir o valor que ele tinha guardado na carteira, e eu disse que havia R$ 413, mas continuou perguntando se eu tinha contado direito, se não tinha mais dinheiro. Foi quando a enfermeira me chamou em outra sala com o médico e me informaram que o dinheiro do meu marido tinha sido furtado dentro da UPA. De R$ 1.009 que ele guardava, só restou esses R$ 413”, detalha a esposa.
Edilene foi orientada pelos próprios servidores da unidade a registrar um boletim de ocorrência. O furto é investigado pela 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião).
Segundo ela, o médico que atendeu Wilson também registrou o incidente. “Ele me disse, ainda, que no corredor da sala onde ficaram guardados os pertences do meu marido tem câmeras de segurança, que podem ajudar a identificar quem cometeu o furto”, salienta.
Além das gravações das câmeras de segurança, Edilene disse que solicitou uma cópia do registro feito pela UPA que comprova a quantia em dinheiro que o marido tinha na carteira quando deu entrada no atendimento do local.
A família, que é moradora do Jardim Ingá, em Luziânia, Entorno do Distrito Federal, lamentou o ocorrido, principalmente por ter que lidar com o falecimento do agente.
“O paciente já chega vulnerável dentro da UPA e ainda é vítima de um furto. É um dinheiro que, pra mim e para os meus filhos, vai fazer falta. Era uma quantia que poderia ajudar a pagar o sepultamento dele. A gente fica muito impotente diante dessa situação. O local deveria ser seguro e não é. A gente, infelizmente, passou essa situação”, desabafa a esposa.