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POLÍCIA

Agressão à primeira-dama de Porto Walter gera tensão e embates na cidade

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Fotos mostram agressão que teria sido praticada por policial. Foto: arquivo pessoal
O espancamento à primeira-dama e secretária municipal de Porto Walter, Ana Flávia Andrade, por parte do agente de Polícia Civil e vereador Da Cruz Dias (PROS), no último domingo, está causando um clima de tensão nunca única registrado no município entre as autoridades da área de segurança pública e da Prefeitura, incluindo o prefeito César Andrade (MDB). A tensão é decorrente de, apesar de a queixa contra o vereador e policial ter sido registrada em tempo hábil, o acusado das agressões – ocorridas após a primeira dama exigir que ele usasse máscara para ter acesso a uma unidade de saúde do município – não ter sido preso em flagrante e não ter sofrido qualquer admoestação por parte dos seus colegas policiais.

Há riscos de confrontos entre policiais, ligados ao colega e vereador, e pessoas ligadas à Prefeitura. O vice-prefeito Guarsônio Melo (PSDB), que é irmão de Ana Flávia, afirma que outro policial civil o ameaçou com uma arma quando ele passou a cobrar punições ao agressor. A discussão teria começado porque Guarsônio aguardava o término do depoimento da irmã na frente da delegacia e o colega do policial o acusado pediu sua retirada do local.

“Ele foi tirado da cena por um colega e não sofreu nenhuma restrição. Se um homem bate na 1ª dama, puxa a arma para ela e nada acontece, a insegurança toma conta de todas as outras mulheres”, queixa-se um aliado do prefeito, que também vem se manifestando em relação á omissão das forças de segurança do município. “Quero que ele seja preso”, disse o prefeito, que assistiu a esposa ser agredida.

O caso foi registrado quando o vereador e policial foi interpelado por Ana Flávia pela falta do uso da máscara e a partir daí registrou-se um bate-0boca. Em seguida, segundo Ana Flávia, o vereador e policial começou a gravá-la com o celular, ordenando que repetisse o que havia dito: “ele me agrediu com tapas e puxou a arma, estou cheia de marcas no meu pescoço”, denunciou.

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O caso foi parar na delegacia da cidade, para onde foi deslocado de Cruzeiro do Sul, o delegado Rafael Fernandes Távora. Em Porto Walter, o delegado está na fase dos depoimentos, entretanto novos fatos vêm se somar ao primeiro.

O prefeito César Andrade está de viagem marcada para a capital para uma conversa com o governador Gladson Cameli (PP) e com as autoridades da área policial e entre as lideranças políticas do município cresce a intenção de levar o vereador policial Da Cruz à Comissão de Ética com possibilidade de cassar o mandato dele.

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