Há riscos de confrontos entre policiais, ligados ao colega e vereador, e pessoas ligadas à Prefeitura. O vice-prefeito Guarsônio Melo (PSDB), que é irmão de Ana Flávia, afirma que outro policial civil o ameaçou com uma arma quando ele passou a cobrar punições ao agressor. A discussão teria começado porque Guarsônio aguardava o término do depoimento da irmã na frente da delegacia e o colega do policial o acusado pediu sua retirada do local.
“Ele foi tirado da cena por um colega e não sofreu nenhuma restrição. Se um homem bate na 1ª dama, puxa a arma para ela e nada acontece, a insegurança toma conta de todas as outras mulheres”, queixa-se um aliado do prefeito, que também vem se manifestando em relação á omissão das forças de segurança do município. “Quero que ele seja preso”, disse o prefeito, que assistiu a esposa ser agredida.
O caso foi registrado quando o vereador e policial foi interpelado por Ana Flávia pela falta do uso da máscara e a partir daí registrou-se um bate-0boca. Em seguida, segundo Ana Flávia, o vereador e policial começou a gravá-la com o celular, ordenando que repetisse o que havia dito: “ele me agrediu com tapas e puxou a arma, estou cheia de marcas no meu pescoço”, denunciou.
O caso foi parar na delegacia da cidade, para onde foi deslocado de Cruzeiro do Sul, o delegado Rafael Fernandes Távora. Em Porto Walter, o delegado está na fase dos depoimentos, entretanto novos fatos vêm se somar ao primeiro.
O prefeito César Andrade está de viagem marcada para a capital para uma conversa com o governador Gladson Cameli (PP) e com as autoridades da área policial e entre as lideranças políticas do município cresce a intenção de levar o vereador policial Da Cruz à Comissão de Ética com possibilidade de cassar o mandato dele.