POLÍCIA
Agressor de Victor Meyniel diz que ator teria desrespeitado sua esposa
Victor Meyniel, de 26 anos, foi brutalmente agredido pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, no último sábado (2/9), na portaria de um prédio no Rio de Janeiro (RJ). O ator afirma ter sido vítima de homofobia. Ao jornal O Globo, o sargento Fabiano Valadão, do 19º BPM, em Copacabana, revelou que ao ser questionado sobre o motivo das agressões, o estudante afirmou que o Meyniel “teria desrespeitado sua esposa”.
Ainda segundo o policial, Yuri chegou a mentir que era militar, apresentando um crachá do Hospital Central da Aeronáutica. Na delegacia ficou comprovado que ele ainda não é médico, nem militar, e sim estudante de medicina. Por isso, além de agressão, ele responderá por falsidade ideológica.
Entenda o caso de Victor Meyniel
Segundo o ator, ele e Yuri de Moura Alexandre se conheceram na entrada de uma boate, em Copacabana, na madrugada de sábado, e seguiram para o apartamento do acusado a convite dele. Ele teria dito que morava com uma amiga, mas que ela estava de plantão.
Os dois conversaram, beberam e se relacionaram, mas Yuri ficou agressivo e expulsou Victor quando a moça chegou, por volta das 7h30. “Parece que virou uma chave, me botou pra fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu estava sem sapato, porque eu tirei pra ficar no sofá, eu estava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato [em mim]”, lembra, Victor.
Cada um deles desceu por um elevador e se reencontraram na portaria do prédio. Nesse momento, o artista teria questionado o comportamento do outro homem. “Não entendi o porquê desse alvoroço todo, e falei: ‘A gente estava ficando, pelo amor de Deus, qual o problema de a gente estar se beijando ali?’”
Ao ter a sexualidade revelada na frente do porteiro, Yuri teve um acesso de raiva e começou a desferir socos no rosto de Victor. As câmeras de segurança flagraram toda a cena. Imagens mostram o ator caído no chão e tapando o rosto para tentar se defender dos golpes, mas o agressor não interrompe a violência. O porteiro apenas assiste, sem prestar socorro.
“Eu lembro do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. Eu pedi pra ele parar, e ele não parava. E o porteiro estava vendo tudo”. Após ser agredido, Victor fica caído no chão e recebe a ajuda de um morador para chamar a polícia.