Proteção de autoridades
A fala do procurador recebeu apoio dos conselheiros Saad Mazloum, Pedro de Jesus Juliotti e José Carlos Mascari Bonilha. O procurador-geral de São Paulo, Mario Sarrubbo, que é membro do conselho, não participou da reunião.
O “juiz sem rosto” foi usado pela Colômbia, nos anos 1990, após uma série de assassinatos de magistrados, investigadores e testemunhas por narcotraficantes. Na década seguinte, a Corte Constitucional colombiana declarou o recurso inconstitucional.
Ao Metrópoles Antônio Carlos da Ponte afirma que a “medida estaria vinculada apenas à criminalidade organizada e buscaria salvaguardar a vida e integridade física de promotores e juízes”.
“Entendo que algumas medidas de combate ao crime organizado adotadas na Colômbia são pertinentes e poderiam, por intermédio de lei, ser adotadas no Brasil”, diz.
Moção de apoio
O Conselho Superior do MPSP aprovou, por unanimidade na reunião, uma moção de solidariedade a Gakyia, que é frequentemente ameaçado pelo PCC. No documento, os conselheiros pedem que “as autoridades competentes” sigam adotando “todas as medidas urgentes e necessárias” para garantir a segurança do promotor e da sua família.
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“O trabalho incansável do promotor Gakiya na luta contra o crime organizado e na defesa da Justiça em nosso país é de fundamental importância para a sociedade e para o Ministério Público”, registra o documento.