POLÍCIA
Após denúncia no NHN, faccionados devolvem celulares e dizem que não houve roubo, apenas “verificação de segurança”
Após denúncia publicada pelo Na Hora da Notícia, na noite desta quarta-feira (10), pela Repórter Rose Lima, a facção Bonde dos 13 devolveu os celulares dos funcionários de uma empresa terceirizada pela Prefeitura de Rio Branco, que foram vítimas de um assalto enquanto realizavam obras do Programa Asfalto Rio Branco, na Rua das Palmeiras, no bairro Belo Jardim 2, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.
Os faccionados ainda gravaram um vídeo e disseram por meio de um tipo de “nota” que circula nas redes sociais que não houve roubo, mas sim que apenas os celulares foram levados para uma “verificação de segurança”, pois segundo os criminosos, muitos faccionados rivais utilizam as “tática” de trabalhar em empresa terceirizada para servir de “olheiros no bairro”.
A “nota”, no entanto, não explicou sobre o pagamento de propina que criminosos estavam cobrando para as empresas que estão realizando as obras do Programa Asfalto Rio Branco. Inclusive, há informações que uma das empresas já realizou um pagamento para os faccionados, como também não esclareceu sobre a extorção realizada pela facção aos comerciantes locais.
Um vídeo enviado para a redação mostra a devolução dos seis celulares roubados durante a ação criminosa. No vídeo ainda é possível ver que os próprios trabalhadores receberam os celulares de volta, mostrando que em nenhum momento não houve ajuda da Polícia Civil, Polícia Militar ou qualquer setor da Segurança Pública do Acre.
A reportagem da jornalista Rose Lima, publicada na quarta, mostrou parte da realidade da periferia de Rio Branco e do sofrimento dos moradores sem auxílio da segurança pública. A periferia prevalece a lei do silêncio, onde os moradores não podem falar sobre as ações de criminosos. Se os moradores derem informações, podem pagar com a vida, ou serem expulsos e terem as casas tomadas ou queimadas pelos faccionados.
O assunto chegou a provocar uma reunião da Secretaria de Segurança Pública do Estado, com a Prefeitura de Rio Branco, mas até o momento, na prática, nada foi feito. A única palavra que foi dita foi “estamos trabalhando”, frase está deixada pelo subsecretário de Segurança, Evandro Bezerra.