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POLÍCIA

Após matar menina de 14 anos, filha de sua cunhada, homem ajuda nas buscas em MG

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Corpo foi localizado na zona rural de Nepomuceno pela Polícia Militar (FOTO ILUSTRATIVA) — Foto: Fred Magno / O Tempo

Após sete dias do desaparecimento de uma adolescente de 14 anos em Três Pontas, no Sul de Minas, o caso teve o pior desfecho possível, na última sexta-feira (18 de agosto), quando a polícia conseguiu localizar o corpo da menina na zona rural do município de Nepomuceno, na mesma região. O suspeito do crime, de 25 anos, é cunhado da mãe da menor, tendo, inclusive, ajudado nas buscas pela garota.

O desaparecimento aconteceu no último dia 12 de agosto, depois que a menina foi vista entrando em um carro preto, nas proximidades de sua casa. Em coletiva de imprensa, o capitão Júlio Gomes, da Polícia Militar (PM), contou que a prisão do suspeito aconteceu depois que o setor de inteligência da corporação recebeu a informação de que ele pretendia ocultar, ainda mais, o cadáver da adolescente.

“Como foi uma informação muito pontual, a gente teve que comparecer ao local indicado e fazer a abordagem do autor.
Fomos felizes na abordagem, apresentamos todos os indícios que levavam até ele, que confessou e nos levou ao local onde ele tinha ocultado o corpo”, detalhou o militar.

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A menina estava coberta de terras e folhas em um barranco na fazenda onde o homem trabalhava. Na versão dele, a menina entrou em seu carro consensualmente. Chegando ao local, ele praticou o estupro e, para ocultar isso da família, a matou usando um pedaço de madeira para golpeá-la na cabeça e, em seguida, a asfixiando.

Suspeito simulou última localização da vítima durante buscas

O delegado Gustavo Gomes, responsável pela investigação, detalhou que, durante a investigação do desaparecimento da menor, o cunhado da mãe da menina ajudou nas buscas. “Ele se aproximou da família para se passar de colaborador, e não como autor. Quando o crime é praticado por parentes, não raras vezes o autor está no velório, isso é muito comum de acontecer”, pontuou o policial.

Enquanto fingia ajudar na procura pela filha de sua cunhada, o suspeito chegou a simular uma localização, afirmando que se trataria do último local que a vítima teria estado, indicando para uma mata próxima da casa da família.

“Ele pegou o celular dele, colocou manualmente um alfinete no GPS e disse que teria rastreado a última localização do celular da vítima. Os bombeiros fizeram diligências com cães farejadores e nada foi encontrado. Investigando nós vimos que ele simulou isso. Hoje (sexta) ele pretendia sumir com o corpo, dificultar ainda mais a localização”, completou o delegado.

O suspeito responderá por feminicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional e segue à disposição da Justiça. “A PCMG esclarece que a investigação está em andamento para completa elucidação do caso”, disse por nota.

Corpo será periciado no IML de BH

Após os levantamentos iniciais da perícia no local do encontro do corpo da menina, ela foi encaminhada para o Instituto Médico-Legal Dr André Roquete (IMLAR), em Belo Horizonte, para ser submetida a exames. Somente a necrópsia determinará se a causa da morte da menor bate com a versão apresentada pelo suspeito.

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“O suspeito, de 25 anos, foi conduzido e ouvido pela autoridade policial, que ratificou a prisão em flagrante delito pelo crime de ocultação de cadáver. Na ocasião, foi representada pela prisão preventiva do envolvido, pelos crimes de feminicídio e estupro”, finalizou a nota da Polícia Civil.

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