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RIO BRANCO
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POLÍCIA

Assassinos de família boliviana vão a julgamento em agosto

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O julgamento dos seis acusados da chacina contra uma família boliviana, crime ocorrido no dia 13 de setembro de 2020, na BR-364, Ramal do Pelé, zona rural a região de fronteira com o Acre, irá ao banco dos réus no próximo dia 7 de agosto na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco, no Fórum Criminal da Cidade da Justiça.

Os acusados serão levados ao banco de réus para que os jurados decidam se eles devem ser condenados pela morte de uma mulher boliviana e dois filhos após a outra filha dela, na época com 14 anos, ter sido estuprada por um dos acusados que se tornou réu.

Conforme informações dos autos, o pai da adolescente, que foi estuprada, serrava madeira e contratou algumas pessoas para ajudarem no serviço, e uma delas, descobriu que a família guardava 20 mil reais e 10 mil bolivianos. A mãe da adolescente trabalhava com mercadorias e vendia como autônoma.

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Logo de manhã, no dia dos fatos, sob ameaça, um deles abusou da adolescente. Quando os pais da adolescente souberam, amarraram o abusador em um tronco de árvore e o pai dela foi até o lado brasileiro para pedir ajuda da polícia.

Um acreano que estava no local, percebeu a situação, e correu até sua casa, onde avisou que o parente estava preso na propriedade do boliviano e chamou os familiares para resgatar o suposto estuprador.

Quando chegaram, pediram todo o dinheiro para a mãe da adolescente e também que soltasse o abusador, sob ameaça de matar a todos. Como o pedido não foi atendido, o grupo baleou a mãe e dois filhos. A adolescente também levou um tiro e se fez de morta. O pai da adolescente não foi morto porque estava em solo brasileiro a procura de ajuda policial.

Os corpos foram jogados próximos a uma árvore, e a casa da família foi queimada pelos assassinos.

O júri popular irá analisar se os acusados cometerem crime de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O crime de estupro de vulnerável não será analisado em razão do acusado, o pivô de toda confusão, ter sido assassinado em abril de 2022.

Serão ouvidas 21 pessoas, sendo seis testemunhas pelo Ministério Público, nove de defesa e interrogatório dos seis acusados.

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