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POLÍCIA

Áudios vazados expõem coação e risco à vida de policiais no Iapen-AC

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Dois áudios vazados do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) revelam como a atual gestão tem obrigado policiais penais a trabalhar em condições extremamente inseguras, evidenciando a fragilidade das escoltas e o déficit de efetivo na carceragem.

Nos registros, é possível perceber que os servidores são orientados a assumir escoltas sozinhos, mesmo em horários críticos, sob ameaça de que “senão vai tocar o foda-se na cadeia”, expressão utilizada pelo coordenador da Unidade Penitenciária Manoel Neri da Silva, Josimar Alves.

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“É só para informar que, no primeiro e no segundo horário, quem quiser fazer esse banco de horas vai ter que fazer sozinho. Quem não for sozinho nem coloca o nome nesse horário, não. Agora terceiro e quarto horário, tranquilo, pode ir de dois.”, diz o primeiro áudio.

https://nahoradanoticia.com.br/wp-content/uploads/2025/08/WhatsApp-Audio-2025-08-26-at-12.29.32.ogg?_=1

“Porque senão a gente vai começar a tocar o foda-se na cadeia, que nós não vamos ter banco de hora para cadeia. Beleza? Nos dois primeiros horários não vai ser autorizado dois PP, o cara que quiser fazer hora nesses horários vai ter que ir só”, diz o segundo áudio.

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https://nahoradanoticia.com.br/wp-content/uploads/2025/08/WhatsApp-Audio-2025-08-26-at-12.29.43.ogg?_=2

Risco real aos policiais

A situação denunciada pelos áudios é crítica. Escoltas realizadas com apenas um policial aumentam drasticamente os riscos de ataques, fugas e acidentes. Casos recentes demonstram o perigo: um policial penal foi morto a tiros por um detento durante uma escolta para tratamento médico, enquanto outros profissionais já responderam por fugas de presos em hospitais, consequência direta da insuficiência de efetivo.

Déficit de policiais e pressão indevida

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Os áudios mostram também como o banco de horas, recurso que deveria suprir a carência de efetivo, está sendo usado para forçar os policiais a trabalhar em condições de risco, sem proteção e sem alternativas seguras. A gestão coercitiva agrava ainda mais a sobrecarga do efetivo já reduzido, colocando em xeque a segurança dos servidores e da população.

Policiais penais afirmam que é urgente a necessidade de o Ministério Público e o Tribunal de Contas apurarem responsabilidades pela coação, pela falta de efetivo nas escoltas e pelos riscos à vida dos profissionais.

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Enquanto isso, os servidores seguem expostos, forçados a assumir escoltas inseguros, em mais uma evidência da fragilidade estrutural e administrativa do Iapen.

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