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POLÍCIA

Cantor Gustavo Fildzz plantava maconha para vender em shows, diz MPSP

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O cantor Gustavo Fildzz, de 47 anos, é acusado de plantar uma “floresta de maconha” para vender a droga nos seus shows e também fornecê-la a um traficante da Baixada Santista, no litoral paulista, segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP). Ele alega que fazia uso do entorpecente para fins medicinais.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) aceitou a denúncia oferecida contra Gustavo Fildzz, que é vocalista da banda Aliados, na quarta-feira (6/9). Réu por tráfico de drogas e associação para o tráfico, o cantor está preso desde o dia 2 de agosto. O caseiro também foi detido.

O cantor foi pego em flagrante pela Polícia Civil durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na sua casa. Ele estava dormindo e foi acordado com a chegada dos policiais em seu quarto (veja abaixo). Com ele, os policiais encontraram R$ 3,1 mil, em espécie, e apreenderam pés de maconha, cultivados em estufas, além ampolas de óleo extraído das plantas e de drogas já produzidas.

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O MPSP afirma que Gustavo Fildzz produzia “maconha em larga escala” em três imóveis, localizados na Rua Vereador Henrique Soler, em Santos, e nas Ruas Primeiro Primeiro de Janeiro e Heitor Sanchez, ambos em Praia Grande. Também eram produzidas nos locais drogas derivadas, como skunk e haxixe.

Versões na Justiça

Com quase 60 mil seguidores nas redes sociais, Gustavo Tavares da Mata Barreto, o Gustavo Fildzz, é ex-atleta de ginástica olímpica, chegou à seleção brasileira e foi campeão pan-americano interclubes em 1999.

Em 2000, formou a banda de rock Aliados e seguiu na carreira artística. Neste ano, o grupo santista se apresentou no Lollapalooza.

Segundo o MPSP, Gustavo Fildzz não comprovou ter autorização judicial para produzir maconha. No processo, a defesa incluiu uma prescrição médica, mas o documento não especifica a quantidade da substância.

Com base em relatos de testemunhas e em campanhas feitas na frente dos imóveis, investigadores afirmam que a maior parte dos entorpecentes era revendida para um “notório traficante” da região.

“[Gustavo Fildzz] produzia (…) maconha em larga escala com o fim de comercializá-la nos espetáculos de seu grupo musical, conhecido como ‘Aliados’, e, sobretudo, revendê-la a notório traficante, apelidado de Kabeça”, diz o MPSP à Justiça.

No processo, o advogado Eugênio Malavasi, que representa o cantor, alega que a prisão seria desnecessária. “Os elementos probatórios colhidos dos autos demonstram a ausência de periculosidade do defendido, bem como a clarividente possibilidade de que os fatos retratados no auto de prisão em flagrante não se repitam”, afirma.

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Ainda segundo a defesa, Gustavo Fildzz faria “uso terapêutico [de maconha] para aliviar sintomas de ansiedade e insônia, justificando a utilização de diversas doses fracionadas ao longo do dia”.

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