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POLÍCIA

Caso Amélia Vitória: suspeito pelo assassinato da adolescente pintou bicicleta para despistar polícia

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O suspeito de matar e estuprar a adolescente Amélia Vitória, que desapareceu enquanto buscava a irmã na escola, em Aparecida de Goiânia, no interior de Goiás, foi preso na última segunda-feira, 4. Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, já tem passagem por outro estupro, e chegou a pintar a bicicleta usada no crime para despistar as autoridades.

A menina de 14 anos desapareceu no dia 30 de novembro, mas seu corpo foi encontrado somente na tarde do último sábado, 2, envolto em um lençol no bairro Parque Hayala. Durante as investigações, a Polícia Civil localizou imagens de câmeras de segurança que mostram o suspeito levando a vítima no quadro da bicicleta, até próximo do local onde o corpo dela foi abandonado.

Em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 2, o delegado titular Eduardo Rodovalho explicou a dinâmica das investigações e do crime. O suspeito mora no bairro onde o corpo de Amélia foi abandonado. No dia 30, ele saiu de sua residência e pedalou por cerca de seis quilômetros até as proximidades de onde a menina morava. Ali, ele costumava praticar roubos e furtos, usando sempre uma faca.

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Em dado momento, ele viu a adolescente caminhando, e a abordou. Então, Janildo a levou para uma área de mata, atrás de uma das casas, local onde cometeu o primeiro estupro contra ela.

“Após a prática desse primeiro estupro, ele colocou a vítima no cano da bicicleta, e trafegou por seis quilômetros, até chegar ao local próximo de onde o corpo da vítima foi encontrado”, explica Rodovalho. O suspeito invadiu uma casa abandonada, já no final da tarde, e lá, violentou a vítima durante toda a noite, conforme o delegado. Em seguida, ele a matou, abandonando o corpo no imóvel, na manhã do dia 1º.

Tentou despistar

Durante todo o dia, segundo a polícia, ele passou pintando a bicicleta usada no crime, na tentativa de despistar a Polícia Civil. No último sábado, 2, ele voltou ao imóvel para buscar o corpo e deixar em via pública, para que fosse localizado.

Apesar de ter pintado a bicicleta, Jailton não contava com outras provas colhidas pelas autoridades. Além das imagens de câmeras de monitoramento que mostram o suspeito levando a Amélia, a perícia encontrou material genético dele nas partes íntimas da vítima. Esse foi um fator determinante para a identificação dele.

“Houve a colheita de materiais genéticos, que coincidiu do material genético de um outro caso de estupro ocorrido em Rio Verde, em 2017”, esclarece o delegado. A prisão dele foi representada e deferida pela Justiça. O suspeito foi preso na segunda, e inicialmente, negou o crime.

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Conforme a polícia, ele alegou que teria agido a mando de outra pessoa, mas a história não se sustentou. As provas mostram que ele agiu sozinho.

Na casa onde ocorreu o estupro e morte da vítima, foram encontradas manchas de sangue, roupas íntimas da vítima, pedaços de cabelo dela e presilhas. O inquérito deve ser concluído até sexta-feira, 8, com o seu indiciamento pelos crimes de estupro e homicídio qualificado.

O Terra não conseguiu localizar a defesa de Janildo da Silva Magalhães até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.

 

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