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POLÍCIA

Caso Ana Beatriz: polícia investiga se mãe teve cúmplice para esconder corpo de bebê

Publicado em

Ana Beatriz foi encontrada morta e mãe confessou crime Foto: Reprodução/Polícia Civil

A Polícia Civil de Alagoas investiga se a suspeita Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, teve ajuda de alguém para ocultar o corpo da filha recém-nascida, Ana Beatriz Silva de Oliveira, de 15 dias. A mãe apresentou várias versões diferentes antes de confessar o assassinato, inclusive que a filha havia sido sequestrada.

O caso ocorreu no município de Novo Lino. Os investigadores encontraram a criança sem vida dentro de um armário na casa da família, enrolada em um saco plástico, após a mãe apresentar versões contraditórias. Ela foi presa em flagrante.

“Conseguimos esclarecer diversas perguntas que vinham sendo feitas: onde estava Ana Beatriz? Ela estava viva ou morta? O que aconteceu com ela? Todas essas perguntas foram respondidas pelas investigações, que elucidaram o caso, infelizmente, da maneira que não esperávamos”, disse em coletiva de imprensa o delegado Igor Diego.

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O delegado informou que agora a polícia está investigando a possibilidade de alguém ter sido cúmplice do crime. “Essa criança poderia estar em outro lugar e a família, percebendo que o Corpo de Bombeiros estava ali a todo momento, que a polícia não iria parar de realizar buscas, pode ter sentido a pressão e trazido o corpo para dentro da casa”, explicou.

Segundo a autoridade policial, o local onde o corpo foi encontrado já havia sido revistado. “Nós havíamos revistado todos os lugares, geladeira, freezer, fogão, o armário. É uma casa pequena, todas as gavetas foram abertas, os guarda-roupas. Fizemos um pente fino e não existia corpo ali inicialmente”.

Ainda de acordo com o delegado, a cadela especializada do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas, que já auxiliou na solução de diversos casos de localização de cadáveres, passou pelo móvel onde posteriormente seria encontrado o corpo da criança, mas não indicou a presença do cadáver na ocasião.

“Essas evidências nos levam a crer que alguém pode ter movido o corpo posteriormente às primeiras buscas”, disse a autoridade policial. “Estamos trabalhando para identificar se houve alguém que possivelmente participou da ocultação do cadáver”, acrescentou.

A Polícia Civil também apura se o caso configura crime de infanticídio, que ocorre quando a mãe mata o próprio filho durante o parto ou logo após, sob influência do estado puerperal. Diferente do homicídio comum, esse tipo penal prevê pena reduzida, de 2 a 6 anos de prisão.

Mãe apresentou diferentes versões 

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Ao contatar a polícia, a suspeita Eduarda Silva afirmou que a filha havia sido sequestrada de seu colo por criminosos armados, e o caso começou a ser investigado como sequestro. Nesta terça-feira, 15, no entanto, ela apresentou mais três versões ao longo das oitivas.

Na primeira, afirmou que teria doado a bebê, hipótese inicialmente investigada pelos policiais na tentativa de encontrá-la viva. Em um segundo relato, alegou que a criança teria se engasgado durante a amamentação e não resistido.

Já em uma terceira versão, contou que a filha apresentava sintomas de dor abdominal e choro excessivo, e que, com o barulho em um bar próximo à residência e do estresse provocado pelo choro da bebê, teria asfixiado a vítima com uma almofada.

Apesar da última versão da investigada, a Polícia Civil afirma que apenas após os laudos que serão emitidos pelo Instituto Médico Legal (IML) será possível concluir qual foi a dinâmica e causa da morte da criança.

 

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