POLÍCIA
Caso da criança que quase foi enterrada viva passa a ser investigado pela Delegacia de Homicídios

A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), passou a investigar a conduta médica adotada em relação à paciente Sabrina Souza da Costa e ao filho dela — até o momento conhecido popularmente como José Pedro — entre a noite de sexta-feira (24) e a manhã de sábado (25), na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. O caso resultou em um episódio lamentável, descrito por muitos como um verdadeiro horror.
Durante coletiva de imprensa, a médica pediatra Mariana Colodetti, responsável pelo segundo atendimento ao bebê, falou brevemente com os jornalistas, limitando-se a descrever, de forma técnica, os procedimentos realizados após a readmissão da criança na maternidade. A profissional, no entanto, não esclareceu quais protocolos médicos foram seguidos durante o atendimento à mãe, Sabrina Souza da Costa, nem comentou o processo que levou à emissão do atestado de óbito.
A ausência do secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, e da direção da Maternidade Bárbara Heliodora também foi notada. Havia expectativa de que representantes do governo explicassem as medidas administrativas e técnicas que serão adotadas após o episódio, considerado grave pela opinião pública. A falta de esclarecimentos oficiais reforçou o clima de incerteza e indignação entre familiares e a população acreana.
De acordo com informações apuradas, o recém-nascido ficou cerca de 13 horas envolto em lençóis e dentro de um saco plástico antes de apresentar sinais de vida — situação que gerou perplexidade e foi descrita por muitos como um milagre. Alguns chegaram a comparar o caso à chamada “síndrome de Lázaro”, expressão popular usada quando uma pessoa volta a apresentar sinais vitais após ter sido declarada morta.
O governador do Acre usou as redes sociais para anunciar o afastamento da equipe médica envolvida no caso. A Polícia Civil também agiu rapidamente: após o registro do boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), o inquérito passou a ser conduzido pelo delegado Alcino Júnior, que ficará responsável pelas diligências e pela elaboração do relatório final.
Uma equipe de pronto emprego da DHPP esteve na Maternidade Bárbara Heliodora e recolheu as imagens das câmeras de segurança, prontuários médicos e outras informações adicionais que auxiliarão na investigação.









