POLÍCIA
CASO DE POLÍCIA: Acadêmico de Medicina da Ufac revela que colegas com Covid-19 “contaminaram pacientes dos hospitais onde fazem internato”
Um acadêmico de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac) fez um desabafo a respeito dos casos de contaminação pelo coronavírus entre colegas estudantes do curso, após participarem de duas festas organizadas para arrecadar dinheiro visando as festas de formatura. Sem máscara, ao menos 25 participantes de um dos eventos pegaram Covid-19, entre os quais dois já estão internados por conta das complicações causadas pela doença.
O acadêmico, que pede para não ser identificado, alerta que em nenhum momento houve uma orientação da Ufac para não realização dos eventos e, ainda, segundo diz o estudante, as atividades são realizadas há muito tempo, sempre sem o constrangimento de quem não usa máscara ou toma os cuidados diante da pandemia do coronavírus. O jovem estudante afirma que presenciou pessoas contaminadas atuando nos hospitais, sem qualquer restrição, onde fazem as práticas da graduação, avaliando e visitando pacientes internados.
“O Presidente do Centro Acadêmico de Medicina da UFAC mandou no grupo do CA, que nenhum aluno tocasse nesse assunto para que não virasse manchete de jornal. Para abafar o caso. De noite se contaminam e de dia levam o vírus para dentro dos hospitais. E contaminam nossa população e quase comprometem o estágio obrigatório de acadêmicos que não tem nada a ver com os eventos organizados pela atlética”, reclama o acadêmico.
Como revelou o Notícias da Hora, em primeira mão, nesta sábado, dia 13, o evento foi amplamente divulgado nas redes sociais pela empresa organizadora, a Lótus Eventos e Cerimonial. Um dos eventos ocorreu no Espaço Gran Reserva, no 2º Distrito, onde professores e alunos sequer usavam máscara. Uma das mães, em áudio enviado a familiares, alega que a filha participou dos dois eventos, e está sintomática, apresentando cansaço e gripe. A jovem também teve febre, mas está com o quadro clínico controlado.
“Todo mundo da turma pegou. Se ela não melhorar eu vou levá-la lá no Into. O Covid não acabou, não. Está no meio do mundo, para quem quiser. Tem que ter todo o cuidado necessário. A vacina não impede, ela só ameniza. Ela [a filha] está bem, tomando as vitaminas, repousando. Isso foi na festa sábado, mas na sexta também teve outra festa, e tem muita gente que já testou positivo”, relata a mãe, preocupada com a situação dos colegas da jovem estudante.
Ainda segundo o estudante que desabafou sobre a situação, “Vários alunos, no auge da irresponsabilidade, estavam cogitando ir no show do Gustavo Lima por agora. Tiveram que ser constrangidos por professores a não irem, e venderem os ingressos comprados para eles não criarem uma nova onda de infecções no estado”, conta o estudante que pede a intervenção da polícia no caso.