Na ocasião, segundo investigações do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), de São Paulo, foram apreendidos uma lancha, avaliada em R$ 6 milhões, e um helicóptero, no valor de R$ 8 milhões. Também foi confiscada a mansão onde o criminoso morava, usando nome falso.
Em outubro de 2020, o traficante foi solto, após decisão do então ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele entendeu que o criminoso estava preso sem sentença definitiva (trânsito em julgado), além do tempo limite previsto em lei.
A decisão foi suspensa pelo ministro Luiz Fux, mas André do Rap já havia deixado a Penitenciária de Presidente Venceslau, no interior paulista.
Ele é apontado pela polícia como o responsável pelo envio de drogas à Europa, por meio do Porto de Santos, no litoral de São Paulo.
Helicóptero estava com a polícia
Em maio de 2021, o então governador de São Paulo, João Doria publicou no Twitter que o helicóptero apreendido com o traficante havia sido incorporado à frota de aeronaves da Polícia Civil.
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“Avaliado em cerca de R$ 8 milhões, o helicóptero vai agora combater o crime organizado. Ao invés de dar mordomia aos criminosos”, escreveu o ex-governador na ocasião. Doria destacou ainda que a aeronave havia saída “das mãos do PCC.”
Defesa
Os Escritórios Aury Lopes Jr, Aureo Tupinambá de Oliveira Filho e Anderson Dominguesque, fazem a defesa do criminoso, afirmaram em nota que o STJ corrigiu “uma grave injustiça e ilegalidade praticada contra André.”
Segundo os defensores, a decisão da 6ª Turma do STJ “reconheceu a ilicitude de uma busca e apreensão realizada sem mandado judicial e de forma absolutamente ilegal.”